UM OÁSIS CHAMADO SAN PEDRO DE ATACAMA
San Pedro de Atacama é uma cidade da província de El Leoa, na região de Antofagasta, que serve como base para se explorar o Deserto do Atacama. Fica ao norte do Chile fazendo fronteira com a Bolívia e com a Argentina. Sua população gira em torno de 3 mil habitantes. Não tem aeroporto na cidade. Os voos descem em Calama que fica a pouco menos de 100 quilômetros de São Pedro de Atacama. É preciso fazer um trajeto de uma hora e trinta minutos de carro para chegar ao charmoso vilarejo-oásis.
Mapa da região norte do Chile.
EM PLENO DESERTO
A estrada que liga Calama a San Pedro de Atacama é muito árida. O que se vê pelo caminho é apenas areia e pedras vulcânicas. Subitamente, depois do carro andar por mais de uma hora sem se avistar uma folha verde sequer, surge um oásis repleto de árvores no meio do nada. San Pedro de Atacama é mais um vilarejo do que uma cidade propriamente dita. É o ponto central de uma região com astral místico. Alguns lagos abastecem a região de água o ano inteiro. Isso explica a presença da vegetação. Canais de irrigação ajudam na distribuição da água pelo vilarejo de ruas estreitas, chão de terra batida e pequenas casas de adobe. Pelas vielas empoeiradas, uma gente simples com traços indígenas se mistura a turistas do mundo todo. É fácil perceber a energia que o lugar emana e entender porque o Atacama é considerado um dos centros magnéticos da Terra.
A vegetação é surpreendente em San Pedro Atacama.
Ao fundo, o vulcão Licancabur. E, ao redor, apenas pedras vulcânicas e areia.
Ao fundo, o vulcão Licancabur. E, ao redor, apenas pedras vulcânicas e areia.
A harmonia de San Pedro com a natureza é total. As casas têm apenas um andar e são feitas de uma mistura de barro com palha há séculos. Como quase não chove no deserto, pela dificuldade que as nuvens têm de ultrapassar as cordilheiras que o cercam, a durabilidade dos materiais de construção é grande, mesmo que pareçam frágeis.
Pelas ruas de San Pedro de Atacama.
Caracoles é a rua principal de San Pedro. É repleta de restaurantes, bares e agências de turismo que oferecem todos os tipos de excursões pelo Atacama e travessias de dois ou três dias até a Bolívia - passando pelo Salar de Uyuni. As agências têm aparência muito singela, mas oferecem bons serviços. Os motoristas conhecem o deserto como a palma da mão.
Como em toda cidade pequena, um dos pontos altos é a praça. Ao redor dela tudo acontece: a missa, o show, a paquera, o lazer, o descanso, a algazarra das crianças correndo, o vai e vem dos turistas.
Bares com internet e aluguel de bicicletas na praça de San Pedro de Atacama.
A Igreja de San Pedro, que também fica na praça, é pequenina e simpática. Foi construída em 1774 pelos jesuítas espanhóis que colonizaram a região. A colonização foi liderada por Diego de Almagro e Pedro de Valdívia e os povos do Atacama tiveram comportamento pacífico apesar de serem os mais desenvolvidos do Chile.
Igreja de San Pedro de Atacama.
Na praça também está o Museu de Arqueologia R. P. Gustavo de Paige (que não consegui visitar pois estava sempre fechado nos horários em que estive na cidade).
Dizem que o museu tem cerâmicas e utensílios de ouro encontrados na região há 10 mil anos. Isso mostra que a presença humana na região não é nada recente.
Esses primeiros povos Incas, Atacameños e Aymaras deixaram seus traços no modo de vida, artesanato e na cultura de San Pedro. Hoje a população da cidade vive em função da agricultura e do turismo.
Esses primeiros povos Incas, Atacameños e Aymaras deixaram seus traços no modo de vida, artesanato e na cultura de San Pedro. Hoje a população da cidade vive em função da agricultura e do turismo.
Museu de Arqueologia de San Pedro de Atacama.
O Mercado de Artesanato, que tem uma de suas entradas pela praça, oferece artigos confeccionados na região com técnicas que foram sendo passadas de geração em geração. Eles tecem peças coloridas em teares manuais com lã de lhama e alpaca, fazem reproduções de cerâmicas usadas pelos antigos com pedras vulcânicas e também vendem chá de coca (que só pode ser comprado lá, em Santiago é proibida sua venda) e um tal de "viagra chileno" - que sempre causa curiosidade e estranheza em quem vê.
Mercado de Artesanato de San Pedro de Atacama.
Mantas coloridas feitas em tear manual.
Artesanato Atacameño.
Uma coisa que me comoveu muito foi ver as ruas repletas de cachorros sem dono. Aliás, esse é um grande problema não só de San Pedro como de todo o Chile. É impressionante o número de cães abandonados. Dá muita pena de ver os bichinhos procurando comida pelo chão e tentando achar um lugar protegido do frio quando a noite chega. Nem tudo é perfeito.
Cães abandonados no Chile! São muitos. Uma lástima.
O DIA-A-DIA NO ATACAMA
A rotina de qualquer viajante que se aventure pelo Atacama é sempre a mesma, seja de um mochileiro ou de um hóspede que escolha um hotel de luxo. Acordar cedo, tomar um café reforçado e escolher uma excursão de meio dia ou de um dia inteiro explorando as belezas naturais da região. E, para qualquer lugar que se vá a reação de deslumbramento costuma estar presente. Há sempre um suspiro no ar quando aparece aquela paisagem lunar da Cordilheira do Sal, ou um dos tantos vulcões ainda ativos da Cordilheira dos Andes, ou ao entrar nas cavernas do Vale da Lua tão escuras que é preciso manter uma lanterna acesa. Além disso, há muitos lagos em diversos tons de azul, imensos salares povoados por bandos de flamingos, regiões repletas de cactus gigantes, geyseres e por aí vai.
Mapa do Deserto do Atacama.
É emocionante a diversidade do Deserto do Atacama!
Salar de Atacama.
Geyseres del Tatio.
Cavernas do Vale da Lua.
Na volta dos passeios - que são cansativos, especialmente quando se vai aos lugares de maior altitude - é hora de curtir a piscina ou o spa do hotel e dar uma relaxada até o sol dar uma trégua. Então, vale a pena dar uma pedalada até o centro de San Pedro de Atacama para escolher um restaurante para jantar (caso o hotel não seja do tipo all inclusive) ou simplesmente dar uma caminhada pelas ruelas da aldeia. Os hotéis geralmente levam os hóspedes de van até a cidade, mas ir de bicicleta certamente é mais divertido. E, tudo é pertinho.
Bicicleta é a melhor opção para ir dos hotéis até o centro de San Pedro.
Restaurantes há muitos para se escolher, mas sempre singelos e simpáticos.
PREPARE SEU ESPÍRITO PARA ESSA AVENTURA
Viajar para um lugar como esse exige preparo tanto físico como mental. Não é uma viagem convencional. A vida por ali é bem simples. O silêncio domina os dias. O ritmo é lento. O luxo é exatamente feito dessa simplicidade. As mudanças bruscas de temperatura ao longo do dia assustam. De manhã perto de 10 graus no verão e no meio da tarde acima de 30 graus centígrados. À noite, a escuridão se impõe e o céu se veste de estrelas num espetáculo ímpar.
Somado a isso, a altitude faz o corpo reclamar. O cansaço insiste em se manifestar em qualquer caminhada. San Pedro de Atacama está a 2.400 metros de altitude, nem é tão alto assim. Mas, alguns passeios feitos pelos arredores da cidade podem chegar aos 5 mil metros de altitude. Então, a cabeça começa a latejar e o ar parece que nunca é suficiente. É preciso preparar o corpo e a mente para se aventurar pelos mistérios do deserto.
Laguna Tuyaito a 3.800 metros de altitude.
Para começar a explorar a região o ideal é optar por lugares que exijam menos esforço físico como o Vale da Lua, o Vale da Morte, Laguna Chaxa, Laguna Cejar, Salar de Tebinquiche e Salar de Atacama. O acesso à esses locais é fácil. Estão todos entre 2 e 40 quilômetros a partir de San Pedro de Atacama, a altitude é relativamente baixa e as caminhadas são curtas. Assim, dá para começar a preparar o espírito para aventuras mais radicais.
Depois, alce voos mais longos, como uma caminhada pelo canion de Guatin entre cactus gigantes, uma visita às Lagunas Miscanti e Miñique, no Altiplano; Geyseres del Tatio e Salar de Tara. Esses passeios são mais distantes e se chega em altitudes maiores.
Para os aventureiros de nível "avançado" é possível subir o Vulcão Licancabur (e alguns outros) após 6 dias no deserto, a 6 mil metros de altitude. Essa exploração dura dois dias e é preciso dormir uma noite em barraca para adaptar o organismo à subida.
A cada dia o corpo reage melhor. A adaptação é rápida. Para aproveitar bem a viagem fui à uma farmácia em Santiago do Chile e comprei pílulas específicas para amenizar o mal da altitude. Comecei a tomar um dia antes de ir pro Atacama. Me senti ótima, mesmo quando estava a 5 mil metros de altitude. Recomendo. É importante estar se sentindo bem para aproveitar as belezas do Atacama. Em outra viagem, quando fui ao Peru, tive muita dificuldade para dormir em Cuzco e só melhorei a disposição geral depois de começar a tomar essas pílulas.
Por do sol em San Pedro de Atacama.
Salas da recepção do Hotel Cumbres.
Uma das várias áreas de descanso do Hotel Cumbres.
Quarto do Hotel Cumbres.
Banheiro do Cumbres.
Quarto do Hotel Explora.
Piscina do Explora.
A ESCOLHA DO HOTEL
Por incrível que pareça há ótimos hotéis em San Pedro de Atacama. Num lugar tão inóspito era de se esperar pouco conforto. Mas, o deserto é muito democrático e oferece hotéis de todas as categorias para todos os tipos de viajantes.
Sem saber, fui parar no Atacama, num enorme feriado chileno. Era época de altíssima temporada - primeira semana de novembro. E, isso acabou sendo um golpe de sorte pois, muitas pessoas que já haviam estado por lá indicavam o Explora como a melhor opção. Tentei fazer uma reserva para sete dias e não consegui. Então, tentei todos os hotéis que gostei: Awasi, Tierra Atacama, Alto Atacama e Cumbres. Todos lotados.
Finalmente, consegui duas noites no Cumbres San Pedro de Atacama e quatro no Explora Atacama. A experiência foi perfeita. E, os dois hotéis têm muitas diferenças.
A começar pelo preço. O Explora é bem mais caro porque já tem todos as expedições e refeições incluídas no preço. No Cumbres, os passeios são pagos por fora mas, o hotel tem toda a infra-estrutura organizada com uma agência tercerizada. E, quanto às refeições, você pode optar por comer no restaurante do hotel Cumbres que é simpático ou comer na cidade. Isso faz com que você saia do hotel. Como no Explora está tudo incluído no preço, às vezes dá muita preguiça de sair do hotel. E a cozinha do Explora é ótima. No quesito alimentação, o Explora sai na frente.
Quanto aos quartos quem sai ganhando é o Cumbres. Quartos amplos, bem decorados, com excelentes lençóis e travesseiros. Banheiro rústico, mas muito bom. Com um chuveiro dentro do quarto e outro ao ar livre para se tomar um banho inesquecível sob o céu estrelado. Já, o Explora, tem um quarto pequeno, pouco ventilado, básico, com decoração simples. O Explora é um hotel de 15 anos, talvez o primeiro da região, foi reformado recentemente, depois da minha ida. Preciso voltar!
Uma das várias áreas de descanso do Hotel Cumbres.
Quarto do Hotel Cumbres.
Banheiro do Cumbres.
Quarto do Hotel Explora.
Piscina do Explora.
Bar do Explora.
Quanto aos passeios. O Explora tem a tradição de ter as melhores expedições do deserto. Realmente, quando o hóspede chega no hotel tem um guia esperando, pronto para fazer uma explanação sobre a região e sobre as possibilidades de passeios. Essa, digamos que, "palestra de boas-vindas" dura ao redor de 1 hora e faz uma bela diferença na compreensão do que esperar do Atacama. Nesse primeiro contato, o hotel se coloca totalmente à disposição para ir a todos os lugares que o hóspede quiser. A agenda é feita sempre na tarde do dia anterior.
No Cumbres, os passeios são tercerizados. Há duas ou três opções por dia e o hóspede pode escolher uma delas ou contratar alguma agência do centro de San Pedro de Atacama. Na Turis Tour os preços eram a metade do oferecido pelo hotel. Ficamos os três primeiros dias de viagem nesse hotel e como ainda estávamos nos adaptando a altitude tivemos que fazer passeios mais tranquilos. O inconveniente é que as vans saíam abarrotadas de gente.
Um ponto a menos para o Explora foi o problema com o telescópio que atrapalhou a tão esperada visualização do céu estrelado do Atacama. O equipamento não funcionou nenhum dia enquanto eu estive no hotel, mas como eles diziam que logo estaria tudo solucionado acabei não fazendo a reserva na casa de Alain Maury, que é um astrônomo francês muito conhecido por lá. Dizem que ele oferece a melhor explanação sobre astronomia da região.
Achei interessante a proposta do Awasi. Não fiquei hospedada nesse hotel porque ele estava lotado. Ele tem poucos quartos e para cada quarto há um veículo com motorista e guia disponíveis para toda a estadia do hóspede. Isso me agrada bastante. Você fica sozinho. Não compartilha o carro com ninguém que não queira. O Deserto do Atacam é um lugar que leva à reflexão, com paisagens espetaculares, um por do sol mais lindo do que o outro. Às vezes, estar cercado de pessoas com quem não se tem intimidade pode não ser o ideal. Além disso, sentar para meditar num lugar místico, isolado do mundo, longe de tudo, sem nenhum barulho, sem algazarra de gente por perto, não tem preço!
No Cumbres, os passeios são tercerizados. Há duas ou três opções por dia e o hóspede pode escolher uma delas ou contratar alguma agência do centro de San Pedro de Atacama. Na Turis Tour os preços eram a metade do oferecido pelo hotel. Ficamos os três primeiros dias de viagem nesse hotel e como ainda estávamos nos adaptando a altitude tivemos que fazer passeios mais tranquilos. O inconveniente é que as vans saíam abarrotadas de gente.
Um ponto a menos para o Explora foi o problema com o telescópio que atrapalhou a tão esperada visualização do céu estrelado do Atacama. O equipamento não funcionou nenhum dia enquanto eu estive no hotel, mas como eles diziam que logo estaria tudo solucionado acabei não fazendo a reserva na casa de Alain Maury, que é um astrônomo francês muito conhecido por lá. Dizem que ele oferece a melhor explanação sobre astronomia da região.
Achei interessante a proposta do Awasi. Não fiquei hospedada nesse hotel porque ele estava lotado. Ele tem poucos quartos e para cada quarto há um veículo com motorista e guia disponíveis para toda a estadia do hóspede. Isso me agrada bastante. Você fica sozinho. Não compartilha o carro com ninguém que não queira. O Deserto do Atacam é um lugar que leva à reflexão, com paisagens espetaculares, um por do sol mais lindo do que o outro. Às vezes, estar cercado de pessoas com quem não se tem intimidade pode não ser o ideal. Além disso, sentar para meditar num lugar místico, isolado do mundo, longe de tudo, sem nenhum barulho, sem algazarra de gente por perto, não tem preço!
COMO FOI MEU ROTEIRO
- Primeiro dia: caminhada pelo Vale da Lua e San Pedro de Atacama
- Segundo dia: pela manhã Laguna Chaxa e vilarejo de Toconao. À tarde, Laguna Cejar, Ojos de Cenotes e por do sol na Laguna Tebinquiche.
- Terceiro dia: caminhada no Vale da Morte e por do sol no Vale da Lua.
- Quarto dia: saída as 5 da madrugada para Geyseres del Tatio, vilarejo de Machuca, Termas de Puritama. À tarde, caminhada de duas horas no canion de Guatin entre cactus gigantes.
- Quinto dia: viagem ao Salar de Tara, Monjes de Pacana, Salar Águas Calientes. À tarde, cavalgada em San Pedro Atacama.
- Sexto dia: conhecer as lagoas do Altiplano: Laguna Tuyaito, Laguna Águas Calientes, Lagunas Minique e Miscanti.
- Sétimo dia: caminhada pela Cordilheira do Sal, cavernas e anfiteatro.
Nos próximos posts vou detalhar essa programação. Espero vocês.
Leiam também o post anterior: A GRANDIOSIDADE DO DESERTO DO ATACAMA
Claudia
ResponderExcluirMas um post maravilhoso!
Parabéns e obrigado!
Algumas perguntas:
Qual o preço médio das diárias?
Que cia aérea você recomenda para quem voa do Rio?
Você subiu em algum dos vulcões?
Dá para ir de Santiago à Sao Pedro de carro?
Abs
VS
Oi Claudia, talvez pelas paisagens surreais do Atacama, poucos falam como você desse oasis e da vegetação. Eu adorei o verde claro das árvores com galhos e folhas finas quase tocando o chão. Esse oasis faz toda a diferença na paisagem do deserto. Lindas fotos e ótimo post.
ResponderExcluirOi Elizabeth,
ResponderExcluirRealmente, a vegetação foi uma surpresa para mim. Não esperava encontrar tantas árvores numa região tão árida. Lindo! Esse deserto tem alma.
Bjs
VS,
ResponderExcluirO Atacama é um espetáculo. Vale uma viagem.
Os hotéis têm preços variados. Desde albergues bem simples até hotéis de luxo. Os hotéis mais confortáveis têm preços que variam de 300 a mil dólares.
Para chegar em Calama há voos da LAN. De carro até dá para ir, mas é muito distante e a estrada sem boa infra-estrutura. Melhor optar pelo avião.
Eu não subi nenhum vulcão porque meu marido não gosta muito de caminhar longas distâncias. Já fui à vários vulcões na Costa Rica e Hawai.
Abs
Oi Claudia
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
Estou indo para o Atacama dia 18/01 e gostaria de saber se pode indicar alguma empresa de turismo...Vou ter 4 dias(5 noites), quais passeios vc indica?
Os hotéis costumam auxiliar na montagem do seu roteiro.
ResponderExcluirEu fiz o seguinte roteiro:
Primeiro dia: caminhada pelo Vale da Lua e San Pedro de Atacama - altitude mais baixa para acimatação. É espetacular.
Segundo dia: Laguna Chaxa e vilarejo de Toconao. Laguna Cejar, Ojos de Cenotes e por do sol na Laguna Tebinquiche. Imperdível!
Terceiro dia: caminhada no Vale da Morte e por do sol no Vale da Lua.
Quarto dia: saída as 5 da madrugada para Geyseres del Tatio, vilarejo de Machuca, Termas de Puritama. À tarde, caminhada de duas horas no canion de Guatin entre cactus gigantes. Dá para fazer uma parada em Guatin pois é no caminho de volta dos geyseres.
Quinto dia: viagem ao Salar de Tara, Monjes de Pacana, Salar Águas Calientes. À tarde, cavalgada em San Pedro Atacama. É bem longe e pouca gente vai, mas é espetacular.
Sexto dia: conhecer as lagoas do Altiplano: Laguna Tuyaito, Laguna Águas Calientes, Lagunas Minique e Miscanti. Lindas e bem visitadas.
Sétimo dia: caminhada pela Cordilheira do Sal, cavernas e anfiteatro. Dá para fazer isso no primeiro dia junto com o Vale da Lua.
Espero ter ajudado.
Boa viagem!
Ola Claudia!
ResponderExcluirEstou programando uma viagem ao Atacama em Abril com meu marido. Quero combinar turismo com esporte, que são nossas paixões. Tenho reserva para o hotel Kunza (agora chamado de Cumbres) e fiquei feliz de ler sua avaliação sobre ele!
Tenho algumas duvidas com relação aos passeios, talvez você possa me ajudar com a experiência que teve:
- Eu gostaria de fazer os passeios que envolvessem mais caminhadas/trekking e menos tempo dentro de vans, rsrs. Quais você me recomendaria?
- Quais dos tours vc fez pelo hotel Kunza? Vale a pena reservar com eles?
Muito Obrigada!! :)
Raquel
Oi Raquel,
ResponderExcluirBom saber que o Kunza mudou de nome. Vou atualizar no blog. Obrigada.
Os tours do Kunza são geralmente feitos em grupos grandes e oferecem poucas caminhadas.
Os do Explora oferecem muitas caminhadas legais. Algumas são apenas para os "fortes". rs. Super puxadas. A altitude dificulta muito as caminhadas. É preciso uma aclimatação para vc poder subir cada vez mais.
Sugiro começar com caminhada ou passeios de bicicleta no Vale da Lua, o Vale da Morte, Laguna Chaxa, Laguna Cejar, Salar de Tebinquiche e Salar de Atacama.
Gostei da caminhada de Guatin entre os cactus gigantes. Há caminhadas legais e às Lagunas Miscanti e Miñique, no Altiplano.
Se der tempo vá aos Geyseres del Tatio e Salar de Tara. Esses passeios são mais distantes e se chega em altitudes maiores. Uma vez lá dá para fazer boas caminhadas, mas o trajeto é distante. Precisa de carro para chegar. Ao redor de duas horas de estrada para chegar.
Para os aventureiros de nível "avançado" é possível subir o Vulcão Licancabur (e alguns outros) após 6 dias no deserto, a 6 mil metros de altitude. Essa exploração dura dois dias e é preciso dormir uma noite em barraca para adaptar o organismo à subida.
Espero ter te ajudado.
Bj e boa viagem.
Ei Claudia! otimo seu blog. Voce se lembra do nome do medicamento que tomou para o mal de altitude? abs
ResponderExcluircoca, mas isso é um mito, depende da pessoa vc fica pior, é um estimulante, red bull, po de guarana etc,
ExcluirFernanda, no Atacama não precisei tomar nada pois não senti nenhum efeito da altitude. Não vi ninguém passando mal por lá. Usei em Cuzco onde me senti muito mal, Sorojchi pills e Dolgramin tablets que comprei na farmácia. Funcionou como milagre. No dia seguinte não senti nada mais e olha que fiquei muito mal por dois dias.
ExcluirBeijo
Fernanda,
ResponderExcluirNo Atacama não tive problema nenhum com a altitude.
Usei medicamentos para adaptação em Cuzco. Aí vai o trecho do post:
"PARA ALIVIAR OS SINTOMAS DA ALTITUDE compre em uma farmácia dois medicamentos que realmente fazem a diferença: Sorojchi pills e Dolgramin tablets. Consulte seu médico antes mesmo de sair do Brasil para saber se você pode tomar sem problemas".
Dá uma lida no seguinte post:
http://www.viajarpelomundo.com/2012/03/cuzco-antiga-capital-do-imperio-inca.html
Comprei esses medicamentos no Peru e não no Chile.
Boa viagem. Espero que a altitude não te atrapalhe.
Ótimo post, pretendo ir ao chile correr a maratona de Santiago em 2016 e queria aproveitar para conhecer o Atacama, este post vai ser muito válido, grato.
ResponderExcluirBoa sorte na maratona.
ResponderExcluirObrigada pela visita ao blog.
Vou ao Chile em Abril de 2017 , tem alguma vinícola perto de San Pedro?
ResponderExcluirTem vinícolas por perto de San Pedro?
ResponderExcluirNatália,
ExcluirA região das vinícolas chilenas fica nos arredores de Santiago.
Gostaríamos de conhecer São Pedro de Atacama e seus comentados passeios, mas temos idade e não sei se seria recomendável: 72 e 68 anos. Não temos problemas de saúde.É uma vontade muito grande de ir para esses lugares. Também gostamos de um pouco de conforto, mas 300 dólares a diária é um pouco meio muito, você não acha? Não somos mochileiros e albergues não fazem nosso tipo de lugar para hospedaria. Não existe um meio termo para estadia? Obrigada se puder responder.
ResponderExcluirFui lá há quase um mês atrás. É um dos lugares mais incríveis que fui. Mas só hoje vi seu artigo, ótimo, fiel ao que lá vemos e vivemos.
ResponderExcluirClaudia, tudo bem?
ResponderExcluirEstou com muito medo da altitude, qual medicamento que vc comprou? Tomava de quanto em quanto tempo?
Muito Obrigada
Claudia Leite
Oi Claudia,
ExcluirNo Chile pouca gente tem problema com a altitude. A adaptação é gradativa. Passei muito mal no Peru, em Cuzco. Lá tomei Soroche Pills que comprei numa farmácia local.
Beijos
Amei as fotos e as orientações! Obrigada por compartilhar!!
ResponderExcluirOlá, adorei a postagem. Tudo muito bem colocado. Só um dado: - os cães náo são abandonados. Na cultura local, eles devem viver LIVRES e todos são seus protetores, provendo alimento, água e locais quentes na rua. Qdo indaguei, de quem eram os cães, a resposta era sempre: - os cães são de Pacha Mama, são de todos, todos cuidam. Alias, isso está se tornando uma tendência no universo dos protetores em outras partes do mundo. Grata pelas belas imagens!
ResponderExcluirEstive em Cuzco e a recomendação do guia que me atendeu era o de tomar um chá de folhas de coca que na recepção dos hotéis está disponível para quem quiser tomar
ResponderExcluirem sachês e a água quente na garrafa térmica. Recomendou inicialmente que tomassemos o chá e fossemos descansar por algumas horas. Fiz como o recomendado. Não tomei nenhuma outra medicação. Pude perceber que a digestão fica mais lenta. Muita coisa parece ficar potencializada: digestão. Comer coisas leves , evitar o álcool no primeiro dia evita algum desconforto, afinal a altitude mexe com nosso organismo. É sabido que as pessoas que tem anemia sofrem mais com a altitude. Seguindo corretamente as instruções. Estar em Cuzco foi bem tranquilo. Os efeitos não são os mesmos para todo mundo. É bom ir devagar observando como seu corpo se adapta.
Olá Claudia bem esclarecedor. Estou indo para lá em janeiro nas minhas férias. Vou chegar por La Paz para me ambientar com a Altitude, passear no salar do Uyuni antes de ir para San Pedro. Mas me interessei pelo comprimido que você tomou por causa da altitude. Sabe dizer o nome?
ResponderExcluirUm abraço