A VIDA EM ANGOLA
Dura realidade. A moldura do quadro atual de Angola não é pintada em tons suaves. Bem pelo contrário. É marcada por pobreza, sofrimento e devastação. E não é de agora. Isso vem de longa data.
O país africano foi colônia portuguesa do início do século XVI até 1975. Nesse período, sofreu muito com a escravidão e com a exploração. Depois de quatro séculos atrelada a Portugal, Angola iniciou um movimento de descolonização que durou 13 anos e culminou com sua independência.
O país africano foi colônia portuguesa do início do século XVI até 1975. Nesse período, sofreu muito com a escravidão e com a exploração. Depois de quatro séculos atrelada a Portugal, Angola iniciou um movimento de descolonização que durou 13 anos e culminou com sua independência.
Angola é um país com histórico de sofrimento e guerras como mostra esse painel do Museu da História Militar.
No entanto, depois da independência, as coisas ficaram ainda piores. Estourou uma guerra civil que durou quase 30 anos, causou mais de 500 mil mortes e devastou o país. A independência de Angola não significou o início da paz, mas do inferno.
Dois antigos movimentos de libertação começaram a lutar entre si pelo poder: Movimento Popular de Libertação de Angola MPLA e União Nacional para a Independência Total de Angola UNITA. Cada um deles era apoiado por uma potência estrangeira, o que trazia dimensões internacionais aos enfrentamentos. Além desses partidos, havia outros menos significativos. A guerra durou exatos 27 anos e o MPLA conseguiu a vitória com muita violência. O país foi totalmente destruído. Mais de quinze mil minas terrestres foram espalhadas pelo território e continuam sendo uma ameaça, apesar dos esforços para limpar o terreno. Mais de metade da população foi obrigada a se deslocar pelo território para fugir dos conflitos. Animais selvagens, infelizmente, quase não há mais no país. Meninos menores de idade eram obrigados a carregar armas e as meninas eram dadas de presente aos comandantes como prêmio. Em função disso, estupros ainda são comuns em Angola e a AIDS é um problema muito sério a ser contornado. A capital Luanda ficou à beira da miséria.
Dois antigos movimentos de libertação começaram a lutar entre si pelo poder: Movimento Popular de Libertação de Angola MPLA e União Nacional para a Independência Total de Angola UNITA. Cada um deles era apoiado por uma potência estrangeira, o que trazia dimensões internacionais aos enfrentamentos. Além desses partidos, havia outros menos significativos. A guerra durou exatos 27 anos e o MPLA conseguiu a vitória com muita violência. O país foi totalmente destruído. Mais de quinze mil minas terrestres foram espalhadas pelo território e continuam sendo uma ameaça, apesar dos esforços para limpar o terreno. Mais de metade da população foi obrigada a se deslocar pelo território para fugir dos conflitos. Animais selvagens, infelizmente, quase não há mais no país. Meninos menores de idade eram obrigados a carregar armas e as meninas eram dadas de presente aos comandantes como prêmio. Em função disso, estupros ainda são comuns em Angola e a AIDS é um problema muito sério a ser contornado. A capital Luanda ficou à beira da miséria.
Favelas e lixo pelo centro de Luanda.
Há pouco mais de vinte anos as coisas vem acalmando. Em 2002, com o fim da guerra civil, Angola começou a respirar aliviada e vem tentando se equilibrar em meio aos estragos, ao ressentimento e à pobreza que se mostra escancarada a cada esquina. É tudo muito recente. O cenário é desolador na capital Luanda que foi o epicentro dos combates. A maioria da população vive em condições desumanas. O lixo é acumulado nas ruas, com as chuvas provoca a proliferação dos mosquitos e gera surtos de malária.
Já deu para perceber que Angola não é um dos destino mais comuns na bagagem dos
viajantes. Luanda é uma cidade feia, sem atrativos, extremamente perigosa e não está aberta ao turismo. No entanto, a vida tem me levado a trilhar lugares fora da caixa e
adoro novas experiências. Aproveito todas as situações para conhecer pessoas, aprender com elas, quebrar paradigmas, ver a vida por outros ângulos,
rever conceitos.
Apesar de tudo, os angolanos têm sempre um sorriso estampado no rosto.
SOBRE AS CRIANÇAS
A realidade é muito cruel com as crianças angolanas nascidas em famílias que não tem boas condições financeiras, o que infelizmente representa a esmagadora maioria. Dois terços da população vive em favelas miseráveis sem água potável, luz elétrica ou saneamento básico, no centro e arredores de Luanda. Basta andar por qualquer canto da cidade para ver essa triste realidade. O índice de mortalidade infantil é enorme. Um estudo do Fundo das Nações Unidas feito em meados de 2015 aponta que de cada seis crianças, uma morre antes de completar cinco anos de idade, principalmente devido a desnutrição, malária e disenteria. Isso é chocante. Reflete simplesmente a mais alta taxa de mortalidade infantil do mundo.
Além disso, quase não tem médicos em Angola. O investimento em saúde é baixíssimo no país que é o segundo maior produtor de petróleo da África e o quarto maior produtor de diamantes do mundo. As famílias com alguma condição costumam se tratar principalmente em Portugal e no Brasil. Ouvi várias histórias de mães que passaram um período prolongado no Brasil para que seus filhos nascessem em segurança em hospitais particulares brasileiros. Essas crianças são privilegiadas. Tem dupla nacionalidade e podem sair de Angola com facilidade.
A doçura das crianças angolanas.
Aliás, entrar e sair de Angola é outra questão delicada. Apesar do país ser uma "democracia", as coisas na prática funcionam bem mais pelo lado da "ditadura". O presidente José Eduardo dos Santos comandou soberano o país até 2017 quando foi sucedido por João Lourenço.
A CHEGADA EM LUANDA
Chegar em Angola, a partir do Brasil, é relativamente fácil para quem consegue o visto. Há voos regulares da TAAG Linhas Aéreas Angolanas, que fazem São Paulo - Luanda em 7 horas e 30 minutos.
Para entrar no país é necessário ter Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela e visto. O visto deve ser feito nas Embaixadas de Angola no Brasil. É bem caro. Custa mais de 100 dólares. Além disso, é preciso apresentar uma carta-convite emitida por Angola para a liberação do visto.
SOBRE O TURISMO NO PAÍS
Turismo ainda não é uma realidade. A infra-estrutura turística é zero devido a tanta guerra. Quem vai a Angola costuma ter algum vínculo de trabalho. E para falar bem a verdade, estrangeiros brancos não parecem ser muito bem-vindos. Os angolanos não lidam muito bem com as questões raciais. Tem reação negativa com as pessoas de fora. O que parece é que os ressentimentos recentes da guerra civil e as antigas mazelas da colonização portuguesa permeiam as relações humanas. Essa frase que ouvi no hotel traduz bem o que estou tentando dizer: “Imagina dois brancos andando sozinhos por aí. Todo cuidado é pouco. Assaltos a mão armada contra estrangeiros são comuns. Sair à noite, nem pensar. Apenas de carro e acompanhados por um angolano.” Por via das dúvidas, é de bom tom ser prudente.
Pelas ruas de Luanda.
COMO ANDAR PELA CIDADE
Para começo de conversa, taxis quase não há. Vi apenas três em uma
semana. Além disso, é necessária uma reserva prévia com 24 horas de
antecedência e os preços são exorbitantes, baseados na “cara” do freguês. O
taxímetro é mero enfeite. Do aeroporto para o centro, que é muito perto, não
leva mais do que 10 ou 15 minutos se não tiver trânsito, o valor pode chegar a
200 dólares. Isso mesmo. Um abuso total. Boa opção é contratar um carro com motorista
para o dia todo por menos de 100 dólares. Vai resolver dois problemas ao mesmo
tempo: você estará sempre acompanhado por uma pessoa de confiança que conhece a
cidade e não vai se sentir explorado.
Os angolanos costumam usar vans (ou candongas) e barcas para se locomover pela cidade.
Os angolanos costumam usar vans (ou candongas) e barcas para se locomover pela cidade.
Durante o dia até dá para caminhar por perto do hotel. Mesmo assim, a sensação de insegurança é grande, especialmente se você se afastar das ruas principais.
DIRIGIR PODE?
Dirigir em Angola é perigoso. O trânsito é caótico e se
houver um acidente, as pessoas cercam o carro e o motorista corre o risco de
ser linchado. Portanto, nem pense nessa hipótese.
Nas estradas é pior ainda. Não há acostamento, crateras gigantescas são uma constante e guardas rodoviários fazem questão de parar os motoristas para pedir propina. Num trajeto de pouco mais de 100 quilômetros fomos parados duas vezes.
Nas estradas é pior ainda. Não há acostamento, crateras gigantescas são uma constante e guardas rodoviários fazem questão de parar os motoristas para pedir propina. Num trajeto de pouco mais de 100 quilômetros fomos parados duas vezes.
MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR ANGOLA
As estações do ano são as mesmas do Brasil e o clima é parecido com o do nordeste. Faz muito calor entre novembro e março. Indico o período mais fresco de abril a outubro.
BOAS LEMBRANÇAS
Visitei Luanda em
dezembro. Como estava muito quente, comprei um prendedor de cabelo. Na ponta
havia um pequeno boneco esculpido em madeira. Quando entrei no carro, a pessoa
que estava me acompanhando disse que eu estava usando um “Pensador Tchokwe” e
que o criador daquela imagem tinha sido seu pai. Depois fiquei sabendo que ele
era um artesão conhecido na cidade e que havia ensinado seu ofício a boa parte
dos artesãos do Mercado de Benfica.
Essas histórias garantem as boas lembranças da vida e fazem
uma viagem valer a pena. Pedi a ela que me contasse sobre o “Pensador”.
Quando seu pai era jovem e a guerra estava tirando o sossego das pessoas,
ele resolveu esculpir uma figura masculina que consternada, pensativa, sentada com as mãos
na cabeça rogava para aquilo tudo terminar. Assim, ele criou essa imagem que
virou um ícone no artesanato angolano.
No dia seguinte fui ao Mercado de Benfica e fiquei encantada
com o trabalho feito em madeira pelos artesãos. É uma visita que vale a pena em
Luanda.
Simplicidade, sorrisos e arte.
OUTROS LUGARES A VISITAR EM LUANDA
Luanda não é propriamente uma cidade bonita e não tem muito
para se ver. É formada por uma parte no continente e uma ilha, a Ilha do Cabo, repleta de praias e restaurantes voltados para o Oceano Atlântico. Recentemente, Luanda ganhou uma nova avenida à beira-mar chamada de Marginal.
Centro de Luanda.
Avenida Marginal.
Comecei dando uma circulada geral pelo centro da cidade, de
carro. Os prédios mais modernos e bem conservados são os do governo. Eles
costumam ser pintados em tons de rosa e têm arquitetura colonial. Nem pense em
fotografar esses prédios. Eles são vigiados constantemente por guardas armados
e quem é visto fotografando corre o risco de ser preso. Isso não é piada. Houve o caso de um engenheiro brasileiro que foi ao país a trabalho e foi preso por
esse motivo. Do carro, apontei para o Palácio do Presidente e o motorista
apavorado disse que eu não podia fazer nenhuma menção ao prédio, nem com as
mãos nem com o olhar. E dizem que o regime político do país é a democracia.
Depois visitei o Mausoléu de Agostinho Neto, o primeiro
presidente do país. Ele é adorado por muita gente, mas há controvérsias sobre a construção do mausoléu. Afinal, trata-se de um país em que tanta gente passa fome. O Memorial fica na Praia do Bispo. Tem uma torre de 120 metros de altura cercada por jardins. Dizem que a obra foi um presente russo e os traços realmente lembram um foguete.
Mausoléu de Agostinho Neto.
Acervo do Museu da História Militar.
Azulejos de uma das alas do Museu da História Militar, em Luanda.
Como no Brasil, a religião predominante de Angola é o
catolicismo. Luanda tem igrejas muito parecidas com as de Salvador. Minha preferida
foi a pequenina Nossa Senhora dos Remédios, construída em 1655.
Igreja Nossa Senhora dos Remédios e as "zungueiras".
As "zungueiras" são uma marca de Luanda. Mesmo tendo sido proibidas de circular pela cidade vendendo seus produtos, essas mulheres guerreiras carregam cestas pesadas na cabeça com frutas, água e de tudo que se possa imaginar. Além de carregar o cesto pesado costumam levar um filho preso nas costas e outro na barriga. Controle de natalidade não é uma realidade.
Fora do centro ficam os bairros residenciais mais abastados. É onde tem o maior shopping da cidade, Belas Shopping. Outros dois já estão sendo construídos.
Aproveite que está nessa região para conhecer o Mercado de Benfica e o Museu Nacional da Escravatura.
Zungueiras pelas ruas.
Fora do centro ficam os bairros residenciais mais abastados. É onde tem o maior shopping da cidade, Belas Shopping. Outros dois já estão sendo construídos.
Aproveite que está nessa região para conhecer o Mercado de Benfica e o Museu Nacional da Escravatura.
Dali pegue um barco e vá até a Ilha do Mussulo. É onde
muitas pessoas tem casa de praia para passar os fins de semana e as férias. É o
melhor lugar de Lunda para tomar sol e curtir uma praia. Mas, não espere
luxo nem praias limpas. É tudo muito simples no país.
Ilha do Mussulo.
NOS ARREDORES DE LUANDA
Se quiser ir mais longe, indico o trajeto Luanda – Cabo Ledo. No caminho, pare no Miradouro da Lua para ver as falésias coloridas. Em seguida vem a Barra do Kwanza um rio povoado de crocodilos. Logo, aparece o Parque Nacional de Kissama. Com sorte, talvez você consiga encontrar alguns animais. Eu vi apenas macacos. E então, Cabo Ledo. Repleto de praias muito selvagens, algumas procuradas pelos surfistas. O resort com melhor infra-estrutura da região se chama Carpe Dien. Pé na areia, caro e bem simples. Indico um bate-e-volta.
Se quiser ir mais longe, indico o trajeto Luanda – Cabo Ledo. No caminho, pare no Miradouro da Lua para ver as falésias coloridas. Em seguida vem a Barra do Kwanza um rio povoado de crocodilos. Logo, aparece o Parque Nacional de Kissama. Com sorte, talvez você consiga encontrar alguns animais. Eu vi apenas macacos. E então, Cabo Ledo. Repleto de praias muito selvagens, algumas procuradas pelos surfistas. O resort com melhor infra-estrutura da região se chama Carpe Dien. Pé na areia, caro e bem simples. Indico um bate-e-volta.
Cabo Ledo.
Miradouro da Lua. Falésias de cores incríveis.
O por do sol é maravilhoso. Observe essa árvore frondosa. É o Embondeiro.
O Embondeiro ou Baobá é um símbolo de Angola. São árvores muito emblemáticas que vivem até seis mil anos. Produzem um fruto chamado mukua que serve para fazer sucos, doces e sorvetes. Parece um isopor com gosto ácido. Bem exótico.
CURIOSIDADE
Casas populares vem sendo feitas para acomodar os angolanos e ao passar por elas, o tamanho me surpreendeu. São casas de 4 ou 5 quartos. Enormes. Perguntei para um amigo angolano o motivo de casas tão grandes. Ele explicou que a poligamia era uma prática comum no país e que na mesma casa costuma viver um homem com duas ou três mulheres e muitos filhos. Em períodos de guerra, muitos homens morrem e as mulheres ficam sozinhas precisando de proteção, portanto, esse é um fato comum.
Conversando com o motorista, um rapaz de pouco mais de 20 anos, perguntei a ele quantos irmãos eram na família. Ele me disse: “Por parte de mãe somos seis, mas por parte de pai e mãe juntos somos trinta e oito”. Entendi perfeitamente o tamanho das casas.
Conversando com o motorista, um rapaz de pouco mais de 20 anos, perguntei a ele quantos irmãos eram na família. Ele me disse: “Por parte de mãe somos seis, mas por parte de pai e mãe juntos somos trinta e oito”. Entendi perfeitamente o tamanho das casas.
INDICAÇÃO DE HOTEL
O Hotel Epic Sana é um oásis no centro de Luanda. Quartos novos e confortáveis. Banheiro moderno. Bom café da manhã.
Serviço lastimável, apesar da simpatia e boa vontade dos funcionários. Limpeza
é um problema cultural. Preço exorbitante para o que oferece, ao redor de 400
dólares.
Quarto do hotel Epic Sana.
INDICAÇÃO DE RESTAURANTES
Não espere muito da comida angolana. Os campos foram
devastados durante a guerra civil que terminou há 20 anos. Minas terrestres
ainda são uma realidade. Pecuária e agricultura não conseguiram se desenvolver
ainda. Quase tudo é importado. Eles plantam apenas o ultra básico: batata-doce,
mandioca, cebola, pouquíssimas verduras. Frutas também têm poucas, banana, manga,
abacaxi e a nativa mukua. Usam muito óleo de palma ou dendê e tem hábitos da culinária portuguesa. Tome muito cuidado com a água.
Nas refeições, peixes e frutos do mar são sempre a melhor opção em Luanda.
Indico os seguintes restaurantes:
Veneza. Restaurante português. Bom bacalhau. Gostei do
bacalhau assado com batata-doce.
La Vigia. Restaurante muito simples. Tem peixe fresco assado
na brasa. A lula, que eles chamam de choco, também é deliciosa.
Vitrúvio. Restaurante italiano do hotel Epic Sana.
LÍNGUA NACIONAL
Além do português eles falam o Kimbundu em Luanda e outros 17
dialetos nas demais províncias de Angola.
MOEDA
Kwanza. 1 dólar vale ao redor de 530 kwanzas (maio/2023).
FUSO HORÁRIO
São 3 horas a frente do Brasil.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
É necessário visto para entrar em Angola. O visto só é realizado mediante a apresentação de uma carta-convite. O turismo não é uma
prática comum em Angola. Além disso, eles solicitam Certificado Internacional
de Febre Amarela
COMO CHEGAR
Há vôos regulares da TAAG do Brasil para Luanda e da TAP de
Lisboa para Luanda.
OUTROS LUGARES PARA VISITAR
Cachoeiras de Kalandula. São 5 horas de carro por estradas bem
ruins. Os hotéis na região são fracos e muito caros e é preciso levar
alimentos.
Praias de Benguela, ao sul de Luanda. Dá para ir de avião.
Dizem ter boa infra-estrutura.
Parque Nacional de Iona na divisa com a Namíbia, ao sul de
Luanda. Não tem hotéis. É preciso acampar.
Em Angola chorei e sorri. Vi um povo sofrido tentando levar a
vida de forma alegre e bem humorada, cantando e dançando. Vi o reflexo das
nossas raízes na colonização portuguesa, no idioma, na culinária, na ginga, na
cultura, no jeitão descompromissado de encarar a vida, na religião, na
arquitetura e infelizmente no abismo social entre ricos e pobres. Me entristeci de
ver tantas favelas. Mutilados de guerra. Fome por toda parte. Condições de vida
desumanas embaladas pela loucura da guerra. É um país de realidade tão dura que faz as lágrimas brotarem. Carimbar o passaporte em Angola não
é exatamente uma experiência turística, mas uma experiência de vida.
LEIA TAMBÉM
* Essa matéria foi atualizada em maior/2023
Cláudia gosto muito do seu blog, já vi que não sua lista falta o meu pais (Portugal). Por alguma razão? Ou ainda não calhou? Continuação de boas viagens e venha lá novas fotos e novos destinos
ResponderExcluirClaudio,
ResponderExcluirJá fui muitas vezes a Portugal, mas todas elas antes de ter o blog. Não tenho fotos legais. Preciso voltar para escrever sobre seu lindo país. Gosto muito de Portugal e espero voltar em breve.
Obrigada. Volte sempre.
Claudia
Eu moro em Angola e digo que o país melhorou imenso .
ExcluirHoje Abril de 2023 volte a visitar Angola e verá que não estou a mentir.
Dessa vez experimente sair de Luanda
Nossa, imagino a experiência de vida que é visitar Angola. Apesar de todos os problemas, eu gostaria de ver essa dura realidade de perto, para um aprendizado. Mas preciso ir preparada. Primeiro sempre penso em viajar para relaxar, rir e me divertir. Fugir um pouco da realidade dura de todos os dias, do trabalho, da rotina, dos problemas, etc. Então destinos como Angola, creio que farão parte do meu roteiro somente quando eu já tiver uma bagagem de viagens como a sua. Mudando de assunto, também sou portuguesa como o Claudio que escreveu acima e adoraria ver fotos do meu país no seu blog. Beijos.
ResponderExcluirRegina,
ResponderExcluirQuero muito rever Portugal. Gosto demais do seu país. Tenho muitos amigos queridos portugueses. Espero que a vida me leve em breve para essas terras. Amo a arquitetura, a tranquilidade das cidades pequenas, a culinária espetacular, os vinhos, as pessoas. Tudo me encanta em Portugal.
Beijo
Claudia
Claudinha, você é TOP!
ResponderExcluirImpressionante! O texto relata muito bem a triste realidade angolana... e as fotos... que fotos! Que olhar incrível você tem. É surpreendente como consegue extrair o melhor de cada detalhe, transformando todo o cenário lastimável descrito em algo belo e atraente. O colorido, as expressões, os ângulos... Fiquei fascinada pelo Miradouro da Lua! Fico encantada mesmo. Ainda mais porque vejo que me identifico muito com você, quando diz que aproveita as situações pra conhecer pessoas e aprender com elas, quebrar paradigmas, ver a vida por outros ângulos, rever conceitos... Concordo plenamente! “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”. E com essa frase bem portuguesa endosso a solicitação dos meus compatriotas fazendo essa homenagem: https://www.flickr.com/photos/reolive/4417933026/in/album-72157623463043743/
Uma das fotos mais bonitas que tirei em Portugal ;-)
Oi, Rê!!!
ResponderExcluirVocê fotografa muito. Fiquei babando com as fotos que vi no Flickr. Demais!!!! Cores espetaculares. Aliás, por do sol é a hora que mais me encanta. Amo fotografar com o colorido do entardecer.
Obrigada pelo comentário. Super obrigada. Você é muito sensível. E é verdade: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
Beijosss
Que bom que curtiu!!! Exatamente, o entardecer é mágico. Deixa tudo mais bonito. A luz é fantástica... Acho que essa nossa sensibilidade é o que nos aproxima. Feliz em conhecer uma pessoa como você. Continue postando, sempre.
ResponderExcluirBeijo grande ;-))
Olá, Claudia!
ResponderExcluirPerfeito a sua coloção. Você relatou muito bem, como é a vida em Angola. Passei o ano novo lá. Realmente, fiquei impressionada como você soube captar nas imagens, um pouco da realidade de Angola. Mesmo, sendo um país complicado literalmente, eu adorei conhecer as pessoas e o modo de vida delas. O artesanato é fantástico. Pude viver os dois lados de Angola e posso dizer de carteirinha. VALE A PENA CONHECER!!!
Primeiro parabenizar-te pela sua vontade em escrever sobre o meu país. Não disse mentiras, mas se é para afugentar as pessoas que sentem alguma vontade em fazer uma visita melhor nem perder seu criativo tempo. Eu que nasci e vivo aqui fiquei assustada só pela forma que você retratou Angola, como um filme de terror. Existe sim muitos locais para visitar e muita beleza natural para ser apreciada. Me desculpe mas não percebi qual é a ideia do artigo, lendo outros posts consegui perceber que a ideia é oferecer um convite, mas sobre Angola, seu relato foi 99% sobre negatividade. Historial e cultura Ok, representam o 1% do que retratou, mas ok! Se minha comida não é gostosa então você não sabe como deve ser feita uma boa culinária e sim, temos muita couve, jissua, lombi, rama de batata, mengueleca e kizaca também são folhosas verduras que não devia deixar de provar!
ResponderExcluirJoana,
ExcluirEscrevo sobre minhas experiências pessoais. Foi assim que vi e vivi Angola. Tenho muitos amigos angolanos. Fui apresentada ao seu país, por eles. Sinto muito se te desagradei.
Desejo um lindo domingo para você.
Olá,
ResponderExcluirFantástica a sua leitura, sou paulistano vivendo a 6 meses aqui por causa do trabalho e tudo que vc disse é exatamente o que eu vivi
lindas fotos, tudo escrito é uma realidade, sou Angolana nasci e cresci em Angola na cidade capital Luanda, espero que tenhas gostado da temporada passada aqui e espero que voltes, para conhecer alguns lugares que faltaram ai nas tuas fotos
ResponderExcluirbjs
Mas os dados fornecidos nem todos são verdadeiros, teve pouco tempo de constatação
ResponderExcluirex: Benguela não está a Norte de Luanda. Da próxima sistematizar os dados.
Caro Anônimo!
ExcluirAgradeço sua gentileza e generosidade em sinalizar a falha. Pesquiso muito antes de escrever. Tenho muito respeito e carinho com meus leitores. Peço desculpas e agradeço mais uma vez.
Houve alguns erros neste artigo, ao contrario do que falaste muitos angolanos são assustados quando vejam um estrangeiro principalmente se for branco, e em Angola a vida é dura porque os nossos governantes fazem disso assim, se não o país é cheio de amor e claro tem muitos taxis azul e branco encontra-se muito facilmente. A cerca da comida claro apoiamos pouco na agricultura mais temos vários pratos angolanos o vosso maior problema é visitar apenas as cidades e hotéis caros, pós deverias ter ido para os lugares mais menos organizado tem comida angolana
ResponderExcluirObrigada pelo comentário, Mauro.
ExcluirPois devia... Ir a sítios menos organizados, era capaz é de não voltar. Em Angola não existe existe racismo... Racismo e só contra os negros, ao contrário diz-se "são assustados". É um país sem lei, onde a diferença entre o policia e o ladrão está na farda, a mentalidade é a mesma. O policia vê um carro com brancos, perssegue-o, manda parar, pede os documentos e não os devolve enquanto não arranjar uma forma de receber dinheiro, no entretanto um ladrão sem farda assalta os brancos, o ladrão com farda ri e encolhe os ombros, depois o material furtado é para repartir. Ai,aí...! E impressionante como a visão do racismo aponta sempre para o mesmo lado...
ExcluirOlá Cláudia, estou refletindo em fazer uma viagem ( sozinha) para Angola, comecei a ler algumas matérias e as informações não muito animadoras. Queria saber sobre a vida da mulher em Angola, há alguma restrição política/religiosa? Ou é a mesma que vivemos no Brasil, guardando as devidas proporções, é claro? Obrigada e um grande abraço.
ResponderExcluirA vida em Angola é muito parecida com a vida no Brasil. Os costumes, a língua, a cultura. Não há restrições quanto a política ou religião. A restrição maior que senti foi quanto a raça.
ExcluirDesejo ótima viagem.
Os angolanos não lidam muito bem com as questões raciais. Tem reação negativa com as pessoas de fora. O que parece é que os ressentimentos recentes da guerra civil e as antigas mazelas da colonização portuguesa permeiam as relações humanas.
ResponderExcluir»»»»»»»
O mesmo que Portugal. So' que em Portugal a questao racial e' bem pior. Creio que seja uma heranca colonial. Ninguem gosta de quem lhe despreza.
Já alguma vez veio a Portugal? Está-se a vitimizar? Isso é complexo de inferioridade! Está enraizado.
ExcluirJá alguma vez veio a Portugal? Está-se a vitimizar? Isso é complexo de inferioridade! Está enraizado.
ExcluirParabéns, boas informações.
ResponderExcluirOla Claudia!
ResponderExcluirEu sou Angolano e agradeço a sua visita ao nosso país. Quero informar aos demais leitores que Angola é um país aberto para todos que queiram viver e observar a nossa realidade de vida.
Desde a visita da Sra. Cláudia ao nosso maravilhoso país, muita coisa mudou. Cada dia que passa os Angolanos estão tendo novas tendências sociais.
Como qualquer outro país, Angola é um dos países em África que possui um recanto maravilhoso através da multiculturalidade existente.
Para quem precisar visitar Angola, recomendo levar consigo a pura simpatia no rosto, pois nós somos amigáveis e gostamos de criar amizades douradoras... Não esqueça de visitar a cidade de Mbanza Congo. Esta que era a capital do antigo reino do CONGO. Atualmente é um dos mais novos patrimónios da humanidade segundo a UNESCO.
Para terminar o roteiro, vá a Namibe e conheça as pinturas rupestres de Tchitundu-Hulu (http://jornalcultura.sapo.ao/eco-de-angola/patrimonio-mundial-africano-tchitundu-hulu-na-lista-das-prioridades-da-unesco), o Parque Nacional do IONA, o deserto do Namibe e a famosa Welwischia mirabilis. (https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/viajologia/noticia/2016/09/plantas-fabulosas-dilacerada-e-esfiapada-welwitschia-pode-viver-mais-de-mil-anos.html)...
VISITE-NOS,,,"venha como Visitante e volte como Angolano"
SEJA BEM-VINDO AO MEU PAÍS...
BEM HAJA AO MUNDO PELA HIRMANDADE COM OUTROS PAÍSES...
subscrevo-me: Mendes Albino-Estudante de Turismo pela Universidade Metodista de Angola e estagiário na Agencia de Viagens ATLANTIDA WTA.
importantíssima.dA explicacao.
ExcluirMuito bom!
ExcluirParabéns! É exatamente como me sinto! Sou brasileiro e apesar de não conhecer tantos lugares assim, minha segunda pátria é Angola!
ExcluirANGOLA, MINHA TERRA MEU PAÍS
ResponderExcluirDesejo conhecer em breve.
ExcluirGostei muito do blog!
ResponderExcluirAngola , Um País acolhedor ao menos os Angolanos foram comigo , tive no Soyo ,um fato interessante estava a tirar fotos de tanques de guerra deixados devido a guerra ,e derrepente saíram homens armados gritando ,quando pedi desculpas eles disseram vc e Brasileiro ? , Nossa quanta alegria até tiraram fotos comigo ,todas as vezes que entrava na base da empresa alguns segurança dançavam alegremente ,Eu era chamado de Miúdo chefe Brazuca ,Comi funge com os cotas e as Muanakitas ,Respeito aos Irmãos Angolanos.
ResponderExcluirMuito obrigada!!!
ResponderExcluirPreciso levar um trabalho para a faculdade, para a matéria História da África, e fui contemplada com o País Angola... Sua experiência com o país me ajudará muito, fiquei encantada com as fotos. Vc me ajudou muito!
SE precisar de alguma ajuda, pode também contar connosco "Luzaya"
ExcluirEu acho que encontrou-se om pessoas erradas para lhe dar melhor informaçoes sobre Angola. Para conhecer melhor a vida de um povo é necessario coabitar com eles. Luanda não é Angola. Somos um país muito mais novo comparado com Brasil, e a nossa bloggista nasceu fora do tempo da ditadura, e o Brasil tem mais de 100 anos de Independencia e Angola nem ja a metade dela. O pouco que eu sei do Brasil ainda enfrenta muito dos problemas que Angola tem. Mais contudo Angola é um país soberano o povo sabe o que quer e faz o possivel para sair da miséria que nos foi imposto. Quanto a corrupção o Brasil está muito mais acima de Angola, basta ver quantos líderes que estão presos por isso. Se queres ver Angola a crescer contribua positivamente e não negativamente como queres fazer ver os leitores.
ResponderExcluirTem sido grande e cresce cada dia mais o número de líderes políticos presos por corrupção no Brasil. Sinal de que alguma coisa está sendo feita para interromper o processo de desigualdade gerada pela corrupção. Estranho seria se um país com poucos ou nenhum líder político preso por corrupção mantivesse as mesma condições desiguais que só se perpetuam. No Brasil, nem o presidente da república escapa da investigação e da prisão, quando apurado verdadeira culpa. Em Angola, há algum político considerável preso? Me informe um. Se um país onde nenhum grande político é preso, significa que todos são honestos e o país é só maravilhas.
ExcluirAdorei o artigo, gostosa leitura. Me deixou presa do começo ao fim. Parabéns!
ResponderExcluirObrigada, Eveline. Retratei o que vi e vivi em Angola. Tenho muitos amigos no país (angolanos e brasileiros) e escrevi minha experiência baseada no convívio com eles.
ExcluirVolte sempre.
Boa tarde Cláudia, a andarilha. Hoje descobri seu blog e estou encantada com seus relatos de viagem. Viajar é o que eu mais amo na vida. E a África é um continente que me fascina, mesmo conhecendo-a pouco. A mais linda e emocionante lembrança que tenho dos poucos países que visitei neste continente (Moçambique, Quênia (apenas Mombassa), Marrocos e Zanzibar), vem de deste último país, o arquipélago de Zanzibar, onde tive a felicidade de conhecer pessoas de gentileza, simpatia e simpatia e generosidade únicas. Quando cheguei, fui recebida como uma amiga e quando parti, ao me despedir das pessoas de lá que conheci, cada uma delas me disse "espero que você volte logo, porque agora é uma de nós e aqui terá sempre um lugar para você." Esta lembrança, até hoje, passados vinte anos, me comove, me aquece o coração. Tenho muitas belas lembrança também de pessoas e lugares que conheci no Moçambique, do sul ao norte; de leste a oeste. Foi uma viagem difícil em termos de logística, mas eu a faria outra vez, mesmo que fosse nas mesmas condições. Eu gostaria de conhecer ps países do oeste da Africa, a região sub-saheriana e especialmente o Malí, que descobri na obra magnífica de Hamadou Ampatê-Bâ um dos grandes sábios malianos. Quem sabe um dia a gente se encontra nas encruzilhadas do mundo? Até lá, desejo a você muitas boas viagens.
ResponderExcluirobrigado por escrever sobre o meu pais gostei as tuas palavras mas
ResponderExcluirBom eu sou brasileira e moro em angola a 5 anos,com meu marido realmente antes angola estava assim agora ja mudou muito e para melhor,nao vou mentir que tudo esta belo e lindo mas agora,ja desenvolveu bastante como por exemplo ja podemos dirigir bem,a questao da agua ja esta sendo resolvida,contrataram mais medicos e professores enfim esta melhorando. Não totalmente mas esta indo no caminho certo
ResponderExcluirAdoraria conhecer o pais. Venho assistindo materias e lendo artigos e fico cada vez mais apaixonado. Eh uma pena que nao seja tao acessivel ao turismo pois tenho como um sonho. Obrigado pelo artigo achei incrivel
ResponderExcluirOla Cláudia muito obrigado pela tua visita em Angola, Saudações.
ResponderExcluirA África é fascinante e Angola parece ter muitas semelhanças com o Brasil.
ResponderExcluirEstava pesquisando justamente as possibilidades e conveniências se visitar esse país irmão, que a mim, parece tão simpático e interessante. Sempre associo Angola a capoeira que acho maravilhosa. Lendo essa matéria , percebi que como sempre acontece, a guerra deixou marcas profundas . O que é compreensível , pois na insanidade das guerras a população sempre perde muito. Como não conheço nada do país, a imagem que me vem à a mente quando se fala de Angola é uma bela roda de capoeira e a “Quizomba, festa da raça” uma obra prima da Vila Isabel. Poema/protesto contra o racismo, falando da lua de Luanda e outras belezas da África que eu adoraria poder conhecer um dia.
https://youtu.be/X1DBnHN8Lqc
https://youtu.be/b86qYK3ExIE
Sei que já faz um tempo que publicou mas olha, estou arrepiado! Parabéns por experienciar e obrigado por compartilhar várias informações importantes sobre o país, tenho muita vontade de visitar a Angola e mesmo com todos os contratempos e obstáculos que eu já sei que virão, vou insistir nessa ideia.
ResponderExcluirEstive em Cacuso província de Malanje (350km de Luanda) em 2.013 e seu relato está próximo da realidade da época! Logo ao deixar a Capital já era visível a falta de infraestrutura nas comunidades (assemelha aos nossos Sem Terra), lavando roupa e buscando água nos rios,terras virgens com mata nativa, povo hospitaleiro com os brasileiros e que odeiam os portugueses devido a cultura da escravidão.
ResponderExcluirNo setor turístico precisa evoluir pra atrair o turismo comercial.
Bom dia Claudia e aos leitores, agradeço pelo relato feito é bem verdade algumas coisas dita ou seja a maoria, temos mesmo muitas dificuldades, mas aqui o povo assemelha-se ao brasileiro é muito Alegre e simpático apesar das dificuldades tem sempre um sorriso no rosto e nós somos um povo muito acolhidor com todo mundo. Não sei porquê, mas o Angolano tem uma estima especial pelo o povo brasileiro, de lá pra cá houve alguma melhoria no sector turistico portanto covido-vos a virem,vocês aqui sentir-se-ão em casa. Em suma admiro os viajantes pois têm resiliência, não receiam em respirar outros ares ou pisar terrenos desconhecidos bem haja.
ResponderExcluirAngola é um pais belissimo, de uma natureza de tirar o folego!Luanda tem restaurantes, shoppings, supermetcados maravilhosos! Recantos de mar de grande beleza! É verdade que tem muita pobreza, grande desigualdade, mas o povo se expressa muito bem e sao educados e simpaticos, principalmente com brasileiros!
ResponderExcluirA verdade está escancarada pelas ruas de Luanda. A dura realidade do país é visível aos olhos de todos que o visitam. É verdade, que o país teve muitos males, mas dizer que não tem atractivo, acho um exagero.
ResponderExcluirA terra é linda. Se me dizeres que as pessoas ainda não conseguiram ver o potencial que o país possui, e não sabem como cuidar e tirar proveito das coisas que a natureza oferece, ahm! vou concordar com o que li.
O turismo não é algo empírico. É necessário gente que entende sobre o assunto e ensine outros como desenvolver e gerir o que se tem a disposição para alavancar este sector. mas, que o país tem potencial, tem. E isto é uma realidade visível. é necessário cultura turística.
Como escreveste, a guerra civil durou quase 3 décadas, como poderiam eles praticar o turismo? como poderiam pensar no turismo? onde há guerra, tudo morre (…) até a esperança desta gente sofrida que, até aos dias de hoje, vive as consequências das atrocidades da guerra também morreu. ou seja, só Deus para as ajudar e livrar destes com quem sofreram, mas que usufruem dos benefícios sozinhos!!!! Daí a justificação de mulheres que andam com pesadas cargas para vender e sustentar os seus. pois a malaria, como escreveste resultado dos montes de lixo, afecta os filhos destas, elas têm de se prevenir e ter algum recurso para não ver os seus, morrerem por falta de dinheiro ao atendimento de um médico ou estagiário. Porque quem tem, o filho nasce e recebe tratamento medico fora do país.
Mas, faça um favor, da próxima vez que escrever sobre qualquer lugar não seja tão dura. Não espere algo duro de quem não tem muito para dar.
Apenas vive a experiencia de estar lá, no local, e deixe-nos também viver a nossa, por visitar o mesmo local.
Do jeito que escreveste, pode ser como uma faca de dois gumes, por um lado pode incentivar o turismo e investimento no sector. Mas por outro, pode matar de vez o turismo por fazer com que turistas não visitem o local e assim perder a chance de melhorar ou crescer neste sector em especifico.
para todos viajantes uma boa tarde!!!
Fiquei surpreso com a clareza das informações, quase poéticas, na dura e bela realidade de Angola, uma dualidade dita por você, "chorei e sorri".
ResponderExcluirFui expatriado nesse belo país de 2010 a 2014.
Compartilho da mesmo sentimento que você escreveu . Ah, há elefantes e outros bichos vi lá na reserva da Kissama, incluindo a Famosa Palaca Negra, símbolo do País!
Voltarei pra lá em breve , em maio/22.
Olá. Sei que já escreveu isso a algum tempo e sendo angolana algumas coisas me chocaram. Não vou desmentir sobre certas coisas por ti escritas mas só por uma questão de utilidade pública, devia manter esse tipo de blog actualizado. Angola teve as suas malambas e algumas coisas chegaram de mudar e até algumas melhoraram… Não sei se sou só eu, mas ver o meu país ser vitimizado sempre, como se não tivéssemos voz é “complicado” diria eu. Hoje em dia existem MUITOS pontos turísticos. A questão da condução me pareceu um pouco exagerada, mas hoje em dia já é mais tranquila só que ela não vai mudar tão cedo, porque o nosso estilo de vida é levado desta forma. Recomendo-vos a ir lá e ver por vocês mesmos, creio que não vão se arrepender. E não fiquem só pela capital, tem muito mais para ver.
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