ENTRA NA MODA O MUSEU DO AMANHÃ


O belíssimo Museu do Amanhã abriu suas portas em dezembro de 2015, depois de 4 anos de obras. A obra é pura fonte de inspiração e poesia. Faz parte do projeto de revitalização de uma área histórica do Rio de Janeiro que vinha sofrendo com o abandono. Virou o novo cartão-postal da Região Portuária, na Baía de Guanabara, juntamente com o vizinho MAR - Museu de Arte do Rio. E já virou até palco para o desfile da Osklen na primeira edição do Rio Moda Rio, 2016. Aliás, um palco aprovadíssimo!

Museu do Amanhã, Rio de Janeiro.

O projeto é assinado pelo badalado arquiteto catalão Santiago Calatrava que se inspirou nas bromélias do Jardim Botânico.

Suas formas são vivas e orgânicas. A cobertura do prédio é móvel e formada por peças de aço que ao longo do dia se mexem como asas para acompanhar a posição do sol e captar energia solar.

Placas de captação de energia solar são destaque no Museu do Amanhã.

Outra coisa interessante é que o museu tem arquitetura sustentável e obteve certificado concedido pelo Green Building Council. Os espelhos d'água que cercam o prédio são abastecidos com água da Baía de Guanabara. A refrigeração também utiliza essa água que depois é devolvida ao mar, mais limpa do que chegou. A água da chuva captada na cobertura do prédio é usada nos vasos sanitários, para lavar as áreas externas e para irrigar os jardins. O paisagismo é assinado pelo escritório Burle Marx e utiliza espécies da vegetação nativa típica da região.

Os espelhos d'água são abastecidos com água da Baía de Guanabara

O acervo do museu é muito interessante. Ele é dividido em cinco áreas relacionadas a cinco perguntas que norteiam e guiam a visita. Cada uma dessas perguntas está ligada a um tema.
  • De onde viemos? Referente ao Cosmos.
  • Quem somos? Terra.
  • Onde estamos? Antropocentro.
  • Para onde vamos? Os Amanhãs.
  • Como queremos ir? Nós. 

Essas perguntas exploram os possíveis cenários para os próximos 50 anos no que diz respeito ao clima, biodiversidade, longevidade, cultura, tecnologia e conhecimento. É tudo interativo. A ciência é usada como suporte em ambientes com jogos, projeções e instalações audiovisuais.

Os dados foram desenvolvidos por um grupo de cientistas e consultores. São constantemente atualizados a partir de pesquisas produzidas em instituições renomadas do mundo todo, como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) e o MIT (Massachussets Institute of Technology).

Depois de subir uma escadaria, a visita começa num grande ovo negro, o Portal Cósmico. Ali é projetado um filme de oito minutos, em 360 graus, produzido pela O2, com direção de Fernando Meirelles que vai aguçar os sentidos e preparar o espírito para a visita ao museu. O filme é fantástico.

De onde viemos?

A seguir o assunto abordado é a Terra. E a pergunta é: Quem somos? Nessa ala do museu, três grandes cubos, cada um com sete metros de altura por sete metros de largura representam as três dimensões da existência: matéria, vida e pensamento.

Quem somos?

O terceiro passo é relativo ao Antropocentro. Aqui a reflexão gira em torno do Hoje. A pergunta a ser respondida é: Onde estamos? Totens enormes, com mais de dez metros de altura mostram com conteúdo audiovisual a realidade em que vivemos, as ações do homem agora e seu impacto no mundo.

Onde estamos

Então, vem Os Amanhãs com a pergunta: Para onde vamos? Numa área em forma de origami o público é convidado a participar de um jogo onde tem que responder perguntas sobre como administraria os recursos do planeta para ele se manter sustentável. No final, cada um recebe seu perfil diante dos avanços tecnológicos e dos desafios do futuro. É interessante e divertido. E a resposta é fiel. Bate direitinho.

Para onde vamos?

A área relativa ao Nós encerra a visita com a forma simbólica de uma Churinga, que é um amuleto da cultura aborígene australiana, para responder a pergunta: Como queremos ir? A grande escultura de madeira brinca com cores, sons e luzes representando a transmissão do conhecimento de geração para geração. 

Como queremos ir?

Tive o privilégio de fazer uma visita guiada ao Museu do Amanhã num dia festivo, para um número reduzido de visitantes. Passei duas horas me divertindo e aprendendo. Esse é um museu de ciências diferente. Tem um ambiente repleto de questionamentos, ideias, propostas e reflexões. Uma experiência rica num momento de transformação do planeta em que o futuro será definido por nossas ações de hoje. O museu é incrível tanto na arquitetura como em relação ao acervo. Não deixe de visitar quando houver oportunidade.

No início, as filas eram quilométricas e a maioria das pessoas desistia de entrar. Agora, a empolgação da novidade acalmou e as visitas estão mais fáceis.

HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO: de terça a domingo das 10:00 às 17:00 horas. O museu fica fechado às segundas.

VALOR DO INGRESSO: 10 reais inteira e 5 reais meia. Dá para comprar os ingressos antecipadamente pela internet. Às terças a entrada é gratuita.

ENDEREÇO: Praça Mauá, 1. Centro. Rio de Janeiro.

COMO CHEGAR: A estação de metrô mais próxima é a Uruguaiana. Se for de carro, estacione no Prédio RB1, na avenida Rio Branco 1 que tem estacionamento rotativo e fica a alguns passos do museu. 

Museu do Amanhã.

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