KEMPINSKI PALACE ENGELBERG ABENÇOADO PELOS ANJOS
Engelberg é um pacato vilarejo plantado aos pés do Monte Titlis, no coração da Suiça. Pequenino, é verdade. Tem pouco mais de 4 mil habitantes. Mas é especial até no nome, que em alemão significa “Montanha dos Anjos”. Sua trajetória está entrelaçada ao nascimento de um monastério beneditino que data de 1120 e desde então abençoa o vale aninhado nos Alpes. Pois foi exatamente nesse cenário idílico que o hotel Kempinski Palace Engelberg abriu as portas em junho de 2021.
A apenas 40 minutos de trem de Lucerna, o Kempinski Palace Engelberg é o primeiro hotel cinco estrelas de Engelberg. Um destino que sempre atraiu os viajantes suíços em busca de descanso, relaxamento, esportes de inverno como esqui, esqueleton e bobsled, e trilhas espetaculares no verão, além de aventuras radicais como paragliding e alpinismo, agora vem chamando atenção do público internacional.
Foram cinco anos de obras para reeditar a estrutura histórica do antigo Grand Hotel Winterhaus - inaugurado em dezembro de 1905 em um terreno comprado dos monges beneditinos, depois renomeado como Hotel Europäischer Hof - e adicionar uma nova ala. Como resultado surgiu uma pérola da arquitetura que incorporou a contemporaneidade e o habitual requinte dos hotéis Kempinski ao tradicional palacete Belle Époque, do início do século XX. A harmonia entre o passado e o presente é visível desde a paleta de cores aos arranjos de flores, passando pelos mosaicos, mármores e pisos de época até a escolha de materiais típicos da região alpina, como madeira, pedra e couro. A ideia de resgatar o glamour de outrora em um ambiente acolhedor, sofisticado e ao mesmo tempo conectado com o astral esportivo das montanhas se cumpriu à risca.
Menos de cem metros conectam a singela estação ferroviária de Engelberg ao hotel Kempinski Palace Engelberg. Apesar da curta distância, um motorista me aguardava com aquela plaquinha simpática que traz o nome do hóspede e sempre rouba um sorriso de felicidade. Em dois minutos cheguei na escadaria do lobby conectada à vários salões de energia descontraída que se fundem para dar as boas-vindas. Pé direito alto, um mobiliário discreto e bem espaçado, foram os coadjuvantes para um check in extremamente gentil.
A chave feita em madeira revelou imediatamente a preocupação com o meio ambiente e abriu a porta da minha suíte. Ampla, confortável, bem iluminada e com vista espetacular das montanhas.
No total são 129 acomodações divididas entre a ala nova e a ala histórica. Todas elas são impecáveis, com piso de madeira, camas king size, edredons deliciosos, cardápio de travesseiros disponível e mesa de trabalho em frente aos janelões envidraçados. Mimos não faltam, desde docinhos esperando sobre a mesa, um excelente mini bar, chocolate, café e chá até roupões e chinelos. Um quarto elegante conjugado a um banheiro imenso com uma bela banheira e excelentes amenities. Perfeito tanto para famílias como para viagens românticas.
E por falar em momentos românticos, o hotel ganhou fama por realizar casamentos de sonho no histórico teatro Kursaal, onde grandes nomes da música já se apresentaram e que atualmente é propriedade do município de Engelberg, mas é integrado ao corpo do hotel e funciona em estreita cooperação entre eles. O foyer adjacente que faz a transição para o prédio novo é um complemento perfeito para uma recepção de até 400 convidados.
A gastronomia é uma das estrelas do Kempinski Palace Engelberg. Utiliza produtos regionais frescos seja no restaurante Cattani conduzido pela chef Michelle Müller desde o café da manhã regado a champagne ao jantar impecável; no Jardim de Inverno que antigamente era uma “sala de botas” onde os hóspedes sentavam para tirar os patins depois de patinar na pista de gelo do jardim e hoje é o local perfeito para um chá da tarde com vista para as montanhas nevadas; no Palace Bar onde o charme da lareira e o bar em forma de ferradura convidam a um drinque no final do dia em meio aos vestígios da arquitetura original que permanecem contando sua história ou no delicioso Chalet Ruinart onde comi um dos melhores fondues da vida feito com queijos produzidos por Sälmi Tongi na Gerschnialp e no Mosteiro de Engelberg, acompanhado de champagne Ruinart em um ambiente de montanha muito aconchegante.
Não posso deixar de exaltar o spa na cobertura do prédio. Um verdadeiro retiro de paz. A começar pela piscina de borda infinita aquecida e pela jacuzzi protegidas por janelões de vidro que deixam as montanhas alcançarem os olhos e trazem bons momentos de relaxamento. Além disso, vale programar uma sauna seca ou a vapor, agendar um bom tratamento no spa e manter o corpo em movimento na academia. O Kempinski The Spa tem inspiração nas forças da natureza para auxiliar a restaurar o equilíbrio interno dos seus hóspedes. Usa a sabedoria das plantas, flores e ervas em todos os tratamentos.
Para esquiar ou simplesmente subir até as montanhas (onde peguei temperatura de até -150C) saiba que no subsolo do Kempinski Palace Engelberg tem um Ski Room muito bem equipado onde você pode alugar tudo que precisar desde um simples casaco de inverno até equipamento completo para os esportes de inverno. Uma facilidade para quem, como eu, viaja apenas com mala de mão e mora num país tropical. Por isso sempre digo que um hotel atento às necessidades dos hóspedes facilita a vida e ajuda a trazer leveza para a viagem. Caso queira comprar roupas de inverno tem uma loja muito charmosa dentro do hotel, além de várias outras no centrinho da cidade.
Frio você não vai passar ao subir até o topo o Monte Titlis, uma parada obrigatória. Ele é o único glacial com acesso público na região. Sua altitude é de 3.041 metros acima do nível do mar. Com partida de Engelberg, a primeira fase da subida até a estação base, Trübsee, é feita em teleférico. A seguir o Titlis Rotair, primeiro teleférico giratório do mundo conduz ao ponto mais alto da montanha. O trajeto total é de 30 minutos e o ticket Engelberg-Titlis ida e volta custa 96 francos suíços.
Em Trübsee há vários restaurantes deliciosos, patinação do gelo, sled, boias para deslizar na neve, 80 quilômetros de pistas para esqui e snowboard. Um verdadeiro parque de diversões.
Já em Titlis fica a ponte suspensa Titlis Cliff Walk, uma das mais altas do mundo, com 150 metros de comprimento, a Gruta de Gelo onde você entra numa caverna no coração do glacial, o teleférico Ice Flyer que no verão faz um trajeto lindo de subida pelos picos do glacial e leva até o Glacier Park e lojas de chocolate e souvenires.
De volta a Engelberg não deixe de caminhar pelo vilarejo, sentar para tomar um café ou chá em uma das confeitarias da cidade, espiar as lojinhas lindas e programe com antecedência uma visita ao Monastério de Engelberg por onde a cidade começou e onde vive ainda hoje uma comunidade de monges beneditinos. É possível fazer uma visita guiada de quarta a sábado, as 10 ou as 16h, por 8 francos suíços. E saiba que também é possível ficar hospedado no monastério. Ele foi fundado em 1120 e desde 1604 faz parte da congregação de beneditinos suíços. Vale conhecer a biblioteca com exemplares que datam do século XII e acompanhar a fabricação do queijo Schaukäserei Kloster Engelberg. Ao final da visita vá até a igreja em estilo barroco que abriga o maior órgão de tubos da Suiça e tem obras do pintor alemão Franz Joseph Spiegel no altar. Agradeça pelo privilégio de viver momentos tão especiais nesse vilarejo abençoado pelos anjos.
Algumas distâncias de cidades próximas a Engelberg:
Lucern 35 km, Zurique 85 km, Milão 249 km, Genebra 299 km, Munique 401 km
Distância para atrações locais:
Monastério de Engelberg 500m, Cable car para a estação de Titlis 600m, Cable Car para estação de Brunni 950m, Engelberg Golf Club 3 km
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Fiquei encantada com o hotel Kempinski de Engelberg. Que arquitetura linda. E sendo novinho é melhor ainda. Ótima dica. Obrigada.
ResponderExcluirBeijos da Gi
Que sonho esquiar na suiça
ResponderExcluirBela dia de destino
Que sonho esquiar na Suiça.
ResponderExcluirBela dica
Belas dicas, ótimo artigo completo sobre a Engelberg na Suiça, lugar incrivel. https://www.suiça.net/
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