VAI PRO PARÁ? CONHEÇA AS ILHAS DO COMBU E MOSQUEIRO
Não dá para ir a Belém sem se embrenhar pelos rios e
igarapés que fazem parte do delta do Amazonas. Afinal, a capital do Pará fica nas bordas da maior floresta
tropical do mundo – a Floresta Amazônica - e você vai se encantar com a exuberância da fauna,
com a flora, com a simpatia do povo, com a vida sem pressa e com as tantas
lendas misteriosas da região.
UM DIA NA ILHA DO COMBU
Basta se afastar dez minutos de barco da grande metrópole e
você terá a sensação de ter viajado por horas, tal a diferença do cenário e do
modo de vida. Sugiro que contrate um guia para acompanhar sua aventura pela
Ilha do Combu.
DICA: Aqui vai um super achado: Rodrigo Quaresma Receptivo
Personalizado, telefone 91 992329944 indicado pelo hotel Radisson. Ele nos buscou no hotel, levou até uma marina e de lá partimos
num barco típico da Amazônia, daqueles de madeira de dois andares, para a Ilha
do Combu.
Aos poucos o skyline de Belém vai ficando para trás e as
palafitas ribeirinhas começam a ser avistadas entre os igarapés, com murais
coloridos pintados na fachada. É um projeto lindo de uma ONG que reúne artistas
no Combu desde 2014.
Palafitas cheias de charme.
Na frente das casas tem sempre gente se refrescando no rio,
pois o calor castiga no Pará. Foi aí que ouvimos falar do tal do “candiru”
quando uma pessoa perguntou se era seguro entrar no rio. Pois bem, o peixinho
nativo da Amazônia é um parasita maldito que pode entrar pela uretra das
pessoas e se instalar no interior da genitália atraído pela urina. Eis o
primeiro ensinamento amazônico: use roupas de banho bem coladas ao corpo e não
faça xixi na água se quiser dar um mergulhinho saudável.
Vai encarar?
Passada a vontade de dar um tibum, visite uma comunidade
para conhecer um pouco mais sobre a produção de chocolate feita a partir do
cacau nativo da ilha. Uma das personagens mais conhecidas é Dona Nena, da
Chocolates Filha do Combu. Ela e sua família trabalham há anos com o cacau nativo
da Amazônia produzindo um chocolate que chamou a atenção de alguns chefs como
Thiago Castanho, Roberta Sudbrack e Alex Atala. Assim, ganhou fama. Mas, ela
não é a única. Tem muitas famílias que fabricam o chocolate puro na região.
Faça uma caminhada pela floresta para aprender um pouco
sobre as propriedades medicinais das plantas da região e conheça algum dos
personagens do Combu, como o Seu Ladir, com 85 anos que anda de pés
descalços pelas trilhas e sobe diariamente nos pés de açaí para colher os
frutos que a família consome. Ouça também as lendas da região: Lenda da Iara,
da Vitória Régia, do Boto, da Matinta Pereira... Eles contam com tantos
detalhes que você chega a acreditar!
Seu Ladir abre uma castanha do Pará.
E nos apresenta aos mistérios da floresta.
Quando der fome saiba que há muitos restaurantes ribeirinhos
que servem os pratos típicos da região preparados com peixes e camarões de rio
maravilhosos. O mais conhecido é o Saldosa Maloca. Mas, há vários. Sugiro a
Maloca do Pedro, às margens do rio Guamá.
Maloca do Pedro.
BATE E VOLTA A ILHA DO MOSQUEIRO
Acredite se quiser, Mosqueiro é uma ilha fluvial na costa do
rio Pará (um braço do rio Amazonas) e tem ondas, como se fosse mar. Mas, não é
mar. É rio! E de uma vastidão que impressiona. A ilha do Mosqueiro fica a 70
quilômetros de Belém e tem 17 quilômetros de praias de água doce. É bem
diferente da ilha do Combu.
A ilha foi inicialmente ocupada pelos índios
Tupinambás que foram embora com a chegada dos europeus. Seu desenvolvimento
maior foi durante o ciclo da borracha, quando passou a ter luz elétrica e
serviu como local de veraneio dos estrangeiros. Alguns casarões construídos no
século XIX ainda estão lá contando sua história na orla.
Ilha do Mosqueiro, Praia de Marahu.
A Ilha do Mosqueiro tem casas lindas de veraneio.
Antigas casas construídas durante o Ciclo da Borracha na Ilha do Mosqueiro.
A borracha se foi e os estrangeiros também. Mas, a ilha
continuou sendo destino tradicional de férias e finais de semana para os
moradores de Belém. Fica lotada nesses períodos. Por isso, tente conhecer Mosqueiro
de segunda a sexta, se quiser sossego. Na década de 80 ganhou uma ponte que
facilitou o acesso, antes feito de balsa, e então se popularizou. Dizem por lá
que perdeu o reinado para a praia de Salinas, a nova queridinha da galera, um pouco mais afastada de Belém.
Almoce no restaurante pé na areia Paraíso Nika, na Praia
Paraíso. Outras praias que valem uma parada são Marahu, São Francisco, Chapéu
Virado, Praia do Farol (onde tem um hotel histórico de mais de 150 anos, Hotel
Farol). O vilarejo da ilha fica na Praia do Bispo onde você pode visitar a
Igreja Nossa Senhora do Ó e comer uma “tapioca molhada” na praça.
Praia de São Francisco.
Além disso, com tempo, vá até a Ilha de Marajó (reserve pelo menos 3 dias), Salinas (a três horas de Belém) e Alter do Chão (é preciso fazer um voo para chegar lá).
O ideal é programar a viagem para os meses de agosto a novembro quando chove
menos. O Pará tem muito a oferecer além dos encantos urbanos.
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