MANAUS, CORAÇÃO DA AMAZÔNIA
“O Brasil não conhece o
Brasil, O Brasil nunca foi ao Brasil.” Impressionante perceber como os versos
de Aldir Blanc continuam atuais. O estado do Amazonas é de uma força
estupenda. Uma vastidão que mistura a exuberância da natureza, a sabedoria da
vida na selva, uma culinária de sabores peculiares, uma cultura riquíssima e
sabe quem são os turistas mais frequentes? Os estrangeiros. Pois é. Esse é um dos
principais destinos turísticos do Brasil, mas é ainda pouco visitado pelos
brasileiros. Quem ainda não conhece está perdendo uma viagem riquíssima.
A capital do estado do
Amazonas, Manaus, é uma das principais cidades do Norte do Brasil e uma das
melhores portas de entrada para a imensidão da maior floresta tropical do mundo,
a Floresta Amazônica. A cidade pode servir como base para os tantos passeios da
região, pode ser o ponto de partida para uma experiência num hotel na floresta
ou para um cruzeiro fluvial.
Barcos são o principal meio de transporte no Amazonas.
COMO TUDO COMEÇOU
Manaus foi fundada em 1669 pelos
portugueses tendo apenas o forte de São José do Rio Negro. Passou a se chamar
Manaos em 1832, em homenagem aos índios manaós da região, cujo nome significa “Mãe
dos Deuses”. Nessa época era apenas um vilarejo. Quando passou a ser
considerada “cidade” ganhou o nome de Barra do Rio Negro. Mas, um nome desse
tamanho não se manteve, logo voltou a ser chamada de Manaus. Sua fase áurea foi
no início do século XX com o Ciclo da Borracha quando atraiu muitos
investimentos estrangeiros, principalmente dos franceses, que deixaram fortes
marcas na arquitetura.
A riqueza arquitetônica do centro de Manaus é impressionante.
EXPLORANDO MANAUS
Comece a explorar Manaus
pelo centro. O principal ponto de interesse é o belíssimo Teatro Amazonas, no largo de São Sebastião. Ele foi inaugurado em 1896, durante o Ciclo da Borracha. Os detalhes da sua cúpula merecem atenção. Para conhecer o interior do teatro programe uma visita guiada ou assista algum espetáculo.
Teatro Amazonas.
A escadaria da frente do Teatro Amazonas desce exatamente no Largo de São Sebastião. Ali, o Monumento de Abertura dos Portos Amazônicos ganha o contorno de um calçamento feito em pedras brancas e pretas que faz referência ao Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, que não se misturam. O calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi inspirado nesse desenho ondulado que reproduz os "banzeiros" dos rios.
DICAS: Se bater a fome na saída do teatro experimente o Tacacá da Gisela, no quiosque que fica na frente do teatro. Para comprar artesanato recomendo a Galeria Amazônica em frente ao teatro. Para um sorvete com sabores da terra vá a Sorveteria Glacial na esquina da praça do teatro.
Ao lado do teatro observe a graciosa Igreja de São Sebastião que ao cair da noite ganha uma iluminação especial, e atrás do teatro fica o Palácio da Justiça. Essa região é a mais interessante da cidade com muitas construções históricas.
Em um mapa localize o belíssimo Mercado Municipal Adolpho Lisboa e desça do teatro em direção ao rio Negro. Você vai passar pela Igreja Matriz Nossa S. Conceição, pelo Relógio Municipal e pelo antigo prédio da Alfândega antes de chegar ao mercado. Mas,
tome cuidado. Assaltos tem sido uma constante na região.
Largo de São Sebastião.
Cestaria indígena, da Galeria Amazônica.
Ao lado do teatro observe a graciosa Igreja de São Sebastião que ao cair da noite ganha uma iluminação especial, e atrás do teatro fica o Palácio da Justiça. Essa região é a mais interessante da cidade com muitas construções históricas.
Igreja de São Sebastião.
Pirarucu salgado, o bacalhau da Amazônia, sendo vendido no Mercado Municipal.
ENCONTRO DAS ÁGUAS
Para ver o Encontro das Águas o modo mais fácil é ir até o Porto da Ceasa e pegar um barco. Em cinco minutos você estará vendo as águas dos rios Negro e Solimões correndo lado a lado sem se misturar. Esse fenômeno acontece pela diferença de viscosidade e temperatura das águas. Se tiver sorte, terá a presença dos botos acompanhando o barco. Eles são criaturas adoráveis. Se tiver interesse é possível agendar um passeio para nadar com os botos.
Para ver o Encontro das Águas o modo mais fácil é ir até o Porto da Ceasa e pegar um barco. Em cinco minutos você estará vendo as águas dos rios Negro e Solimões correndo lado a lado sem se misturar. Esse fenômeno acontece pela diferença de viscosidade e temperatura das águas. Se tiver sorte, terá a presença dos botos acompanhando o barco. Eles são criaturas adoráveis. Se tiver interesse é possível agendar um passeio para nadar com os botos.
Encontro das Águas.
A cidade tem vários museus interessantes para quem tiver interesse em conhecer melhor a vida e os costumes dessa região tão interessante do Brasil. Indico o Museu do Seringal, o Museu Amazônico e o Centro Cultural Povos da Amazônia.
Acervo do Centro Cultural Povos da Amazônia.
SOBREVOO ANAVILHANAS
Para encerrar com chave de ouro faça um sobrevoo de helicóptero ou hidroavião as Anavilhanas. Esse arquipélago espetacular é formado por mais de 400 ilhas fluviais e fica a apenas 100 quilômetros de Manaus, depois do município de Novo Airão, no Rio Negro. É um dos maiores arquipélagos de ilhas fluviais do mundo no meio da floresta virgem e forma um verdadeiro labirinto natural. Dependendo da época do ano, a variação do nível da água pode oscilar em até dez metros entre os períodos de vazante e enchente, sendo que o período de cheia vai de outubro a março e de seca vai de abril a setembro. No período mais seco, a descida das águas traz à tona inúmeras praias de areia branca e interessantes formações naturais de raízes e troncos. É um passeio imperdível!
Para encerrar com chave de ouro faça um sobrevoo de helicóptero ou hidroavião as Anavilhanas. Esse arquipélago espetacular é formado por mais de 400 ilhas fluviais e fica a apenas 100 quilômetros de Manaus, depois do município de Novo Airão, no Rio Negro. É um dos maiores arquipélagos de ilhas fluviais do mundo no meio da floresta virgem e forma um verdadeiro labirinto natural. Dependendo da época do ano, a variação do nível da água pode oscilar em até dez metros entre os períodos de vazante e enchente, sendo que o período de cheia vai de outubro a março e de seca vai de abril a setembro. No período mais seco, a descida das águas traz à tona inúmeras praias de areia branca e interessantes formações naturais de raízes e troncos. É um passeio imperdível!
Arquipélago de Anavilhanas.
HOTÉIS NA FLORESTA
Há algumas opções interessantes para quem quer experimentar a vida na selva. Um dos hotéis mais elogiados é o Juma Amazon Lodge que proporciona experiências reais de como é a vida na floresta. Vale conjugar com o recém inaugurado Juma Opera no centro histórico de Manaus.
Juma Amazon Lodge.
O mais próximo da cidade é o Amazon Jungle Palace. Um hotel flutuante no qual se chega de barco.
Jungle Palace Lodge.
O Anavilhanas Jungle Lodge também é elogiado. Não cheguei a conhecer o interior, apenas sobrevoei o hotel. É o mais distante de Manaus. Fica numa região belíssima, no Arquipélago de Anavilhanas, como o próprio nome diz.
Nos arredores do Anavilhanas Lodge há áreas repletas de vitória-régia.
Outro hotel na selva bem recomendado é o Mirante do Gavião.
MELHOR ÉPOCA PARA IR
Essa região é quente, úmida
e abafada o ano todo, mas há basicamente duas estações distintas e bem
definidas. Uma estação seca chamada de verão (abril a setembro) e uma chuvosa
chamada de inverno (outubro a março). Depois de agosto, o nível das águas
costuma estar bem baixo e as praias aparecem nas margens dos rios. Eles indicam como alta temporada os meses de junho e julho.
COMO CHEGAR EM MANAUS E NA SELVA
O aeroporto de Manaus recebe
voos regulares das principais capitais do Brasil. Do Rio para Manaus há voos
diretos com 4 horas de duração. Do aeroporto para os hotéis da cidade há taxis
com preços tabelados. Já, para os hotéis da selva é preciso combinar o transfer
com antecedência. O acesso costuma ser de barco, helicóptero ou hidroavião.
ONDE FICAR EM MANAUS
A região mais interessante
para circular pela cidade é o centro.
O Hotel Boutique Juma Opera abriu as portas em fevereiro de 2020 em frente ao Teatro Amazonas e a alguns passos da Igreja de São Sebastião. Ocupa alguns casarões históricos tombados pelo IPHAN e está um charme. Vale a experiência.
O Hotel Boutique Juma Opera abriu as portas em fevereiro de 2020 em frente ao Teatro Amazonas e a alguns passos da Igreja de São Sebastião. Ocupa alguns casarões históricos tombados pelo IPHAN e está um charme. Vale a experiência.
Há pouco inaugurou o Hotel Boutique Villa Amazônia, num prédio histórico a 70 metros do Teatro Amazonas, com 30 quartos. Ele é do mesmo grupo do Anavilhanas Jungle Lodge. Não cheguei a conhecer, mas amigos que ficaram hospedados nele falaram muito bem. Vale dar uma olhada.
Também no centro fica o Boutique Hotel Casa Teatro. Ele é simpático, novinho, tem poucos quartos, é bem localizado
(quase em frente ao Teatro Amazonas) e muito simples. Os quartos são pequenos
e um dos andares funciona como um hostel, com banheiro compartilhado e beliches
nos quartos.
BONS RESTAURANTES EM MANAUS
Amazônico
Peixaria Regional. Comece com um caldinho de peixe. A seguir prove o tambaqui
na brasa e o pirarucu que é considerado o bacalhau da Amazônia. Av. Darcy Vargas, 226. Parque 10 de Novembro. Telefone (92) 3236.0546.
Caxiri. Restaurante de cozinha regional caprichada, criativa e deliciosa. A costela de tambaqui é maravilhosa. Um dos pontos altos é o visual que se tem do Teatro Amazonas pela janela já que fica bem em frente ao icônico teatro. Reservas pelo telefone (92) 3304.8700
O Banzeiro é considerado um dos melhores restaurantes de
comida regional de Manaus. O chef Felipe Schaedler ganhou muita projeção depois de participar do programa MasterChef Brasil. Rua Libertador, 102. Adrianópolis. Telefone (92) 3234.1621.
Na Cidade dos Carros, uma
boa opção é o Fish Maria. O lugar é simples, tem bons preços e vive cheio de
manauaras.
O Choupana é outra boa opção
para experimentar a culinária local. Av. Ypiranga, 790. Adrianópolis. Telefone (92) 3635.3878.
Já, o Alentejo é um
restaurante de comida portuguesa para quem quer comer um bom bacalhau.
Na frente do Teatro Amazonas, prove o Tacacá no Quiosque da Gisela.
No Mercado Municipal há várias barracas com peixes frescos
feitos na hora. Vale experimentar.
Amazonia Live.
*Essa matéria foi atualizada em agosto de 2021.
Amei a matéria!As pessoas do país menosprezam a nossa cidade, todavia ela é realmente maravilhosa.
ResponderExcluirTenho orgulho do meu estado.
Amei a matéria!As pessoas do país menosprezam a nossa cidade, todavia ela é realmente maravilhosa.
ResponderExcluirTenho orgulho do meu estado.
que evento lindo!
ResponderExcluirparabens Medina!
Medina é um cara genial. Gente que faz a diferença.
ExcluirSou muito fã.
Gessica,
ResponderExcluirVocê realmente tem que se orgulhar muito do seu estado. Essa floresta é uma dádiva preciosa da mãe natureza. E Manaus é puro charme no meio dessa vastidão.
Bj
Que post lindo Claúdia , sempre sonhei em conhecer o Amazonas!
ResponderExcluirAbraços
Laise,
ResponderExcluirO Amazonas é um dos cantinhos mais interessantes do Brasil. Daqueles que tem que conhecer.
Bjs
Que lindo!!! Adorei
ResponderExcluirQuando voltar a Manaus, visite as praias proximas a cidade você irá adorar o contato com a natureza, e os parques aquaticos tem atividade muito legais para toda a familia, e recomendo o Hotel da Margem em Manaus é maravilhoso, nas proximidades de manaus tem Cachoeiras deliciosas para um mergulho e lindas, faça um passeio para visitar e nadar com os botos e conhecer a sumauma centenaria e a aldeia indigena é muito legal.
ResponderExcluirprocuro cestarias da região para decorar uma loja, gostaria de adquirir da comunidade local, tem indicação
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