AS PIRÂMIDES DE CHICHÉN ITZÁ
Fico sempre fascinada com as lendas e mistérios que envolvem
as construções das pirâmides. Na última vez em que estive no México, fui com
uma amiga historiadora conhecer as Pirâmides de Teotihuacán. Fiquei tão impressionada
com a força daquele lugar que no dia seguinte ela me presenteou com um livro sobre
o sítio arqueológico de Chichén Itzá para me instigar. Nem preciso dizer que deu vontade de pegar
o primeiro avião para a Península de Yucatán.
Então surgiu a chance. México mais uma vez e claro que
incluí no roteiro alguns dias na Riviera Maya com direito a uma escapada a Chichén
Itzá. Optei por ficar hospedada no hotel Belmond Maroma, do ladinho da Playa
del Carmen para fazer um bate e volta até as pirâmides que ficam a menos de 200
quilômetros do hotel.
Belmond Maroma.
Chichén Itzá foi um grande centro pré-colombiano. Os dados
históricos não são precisos, mas imagina-se que a primeira cidade tenha sido construída
e logo abandonada ao redor do século VII. Trezentos anos depois foi ocupada
pelo povo maia e se tornou o maior centro urbano da civilização. Lendas não
faltam. Nem mistérios. Seu apogeu foi no século XIII quando chegou a ter 35 mil
habitantes. O complexo de ruínas agrupa edificações tão impactantes que em 2007
foi votado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. É o segundo sítio arqueológico
maia mais visitado do México (o primeiro é Teotihuacán). Atrai 1.4 milhões de
turistas por ano. Não é pouco.
Comece a visita pela pirâmide principal, conhecida como
Templo de Kukulcan e também como “O Castelo”. Sua estrutura impressiona. Dizem
que tem uma disposição astronômica perfeita. Tem 91 degraus em cada uma de suas
quatro escadarias que são voltadas para os pontos cardeais. Somados, os degraus e a plataforma do
topo dão um total de 365 degraus, o que corresponde aos dias do ano no
calendário maia. No pé da escadaria norte tem duas cabeças de serpente que talvez
simbolizem o deus Kukulcan. Dizem que durante os dois equinócios anuais, em março e setembro, a sombra projetada dá a impressão de que as serpentes
estão escalando a pirâmide. Esses são os dias de mais movimento no parque.
Antigamente era permitido subir na pirâmide e entrar por um corredor estreito na parte interna da pirâmide. Hoje ela é protegida por cordas para evitar que seja danificada.
Antigamente era permitido subir na pirâmide e entrar por um corredor estreito na parte interna da pirâmide. Hoje ela é protegida por cordas para evitar que seja danificada.
CURIOSIDADE: Há uma diferença importante entre as pirâmides
mexicanas e egípcias. No Egito, elas eram construídas como monumentos
funerários. Havia pequenas passagens internas conduzindo até a parte central,
onde ficavam os túmulos. Já, as pirâmides do México não serviam como túmulos e
sim como templos. Grandes escadarias externas levavam aos templos que ficavam
no topo das pirâmides.
A seguir vá até o Templo dos Guerreiros. Ele é decorado com
estátuas do deus da chuva, Chac, e da serpente emplumada, Kukulcan. Ao lado fica
a Praça das Mil Colunas composto por muitas colunas de pedra. Imagina-se que esse
lugar tenha sido um mercado.
Uma área interessante é o campo do “Jogo de Bola”. Ele tem
168 metros de extensão e foi o maior campo desse tipo de jogo encontrado na região. Dois
times se enfrentavam e tinham que arremessar uma bola de borracha - com os
joelhos, cotovelos ou quadris - dentro de um círculo de pedra pendurado no alto
do muro. Há alguns indícios que levam a crer que os perdedores eram
sacrificados e oferecidos aos deuses.
Também visite o Convento, que provavelmente era um palácio,
mas foi assim chamado pelos espanhóis que associaram as salas às celas de um
convento, ao lado tem uma pequena igreja decorada com animais que como diz
outra lenda “sustentam o céu”, um observatório, várias outras ruínas menores e
um cenote sagrado.
Cenote sagrado.
Ande sem pressa e veja tudo nos mínimos detalhes. Chichén
Itzá é espetacular! A única coisa que me desagradou foi a quantidade de vendedores de artesanato nos corredores do interior do parque. Eles poderiam ficar em áreas mais restritas e não espalhados pelo complexo todo. É muita poluição visual e assédio aos turistas.
Vendedores de artesanato em Chichén Itzá.
COMO CHEGAR
De carro, a partir de Cancun ou Playa del Carmen, o trajeto
dura ao redor de duas horas. Dá para ir por duas estradas, uma com pedágio
(Carretera 180D) e outra sem
pedágio (Carretera 180). Elas são praticamente paralelas, sendo que a via com
pedágio é mais nova, não passa dentro de nenhum povoado e é praticamente vazia,
o que agiliza a viagem. No entanto, são quase 200 quilômetros em linha reta e
sem muito apoio da estrada. Preste atenção para sair com o tanque cheio e leve
água no carro. Paga-se dois pedágios no caminho de ida e mais dois no de volta,
com valor total de aproximadamente 120 reais.
Outra opção é ficar hospedado em Mérida para visitar Chichen Itzá. A distância é de 120 quilômetros.
Outra opção é ficar hospedado em Mérida para visitar Chichen Itzá. A distância é de 120 quilômetros.
COMPRA DE INGRESSOS
Na saída do segundo pedágio tem um quiosque que faz a venda de ingressos com desconto para quem vem de carro e prefere estacionar no hotel Mayaland. Essa entrada é mais tranquila porque não aceita a entrada dos ônibus de excursão, apenas carros. O valor do ingresso por pessoa é de 172 pesos mexicanos, ao redor de 30 reais. Também é possível contratar guias para acompanhar a visita.
Na saída do segundo pedágio tem um quiosque que faz a venda de ingressos com desconto para quem vem de carro e prefere estacionar no hotel Mayaland. Essa entrada é mais tranquila porque não aceita a entrada dos ônibus de excursão, apenas carros. O valor do ingresso por pessoa é de 172 pesos mexicanos, ao redor de 30 reais. Também é possível contratar guias para acompanhar a visita.
Oi Claudia
ResponderExcluirAs demais pirâmides mexicanas autorizam as subidas em seus degraus ?
Em Tulum também não é possível subir.
ExcluirQual o nome do livro que você mencionou ter ganhado? fiquei curiosa.
ResponderExcluirQual o nome do livro que você mencionou ter ganhado? fiquei curiosa.
ResponderExcluirO nome do livro é Chichen Itzá, Patrimonio de la Humanidad. :)
ExcluirVocê sabe onde posso conseguir esse livro? Já procurei bastante, mas não consegui achar! 😔
ResponderExcluirOii! Vc sabe onde posso encontrar esse livro sobre Chichen Itza? Já procurei muito, mas não consegui encontrar! 😔
ResponderExcluirOi Bárbara,
ExcluirQuem me deu foi uma amiga brasileira que mora no México. Não sei onde ela comprou. Vou te passar os dados do livro: Chichen Itzá Patrimonio de la Humanidad, Roberto Garcia Moll e Rafael Cobos, Grupo Azabache. Espero que ajude.
Beijo e Feliz Natal!