O MELHOR DE LE-BAUX-DE-PROVENCE E SAINT RÉMY
Se a Provence está na sua "lista de desejos" saiba que você não pode deixar de fora do seu roteiro a estranha Le-Baux e a charmosinha Saint Rèmy. Elas ficam muito próximas uma da outra, têm jeitinhos diferentes e cabem perfeitamente num único dia. Quer saber as melhores dicas para aproveitar essas comunas francesas?
Le-Baux-de-Provence.
Tendo Aix-en-Provence como base para explorar uma das
regiões mais especiais da França, a Provence, programei um dia para conhecer Saint
Rémy e Le-Baux. Claro que com direito a uma parada para assistir o espetacular show
multimídia Carrières de Lumières e pausa para um super almoço no restaurante L’Oustau, do hotel Baumanière, com duas estrelas Michelin, que fica a alguns passos da subida para
Le-Baux. Um dia mais do que especial. Anota as dicas!
LE-BAUX-EN-PROVENCE
Le-Baux-de-Provence é um dos lugares mais inusitados do sul
da França. A estranha aldeia fica aninhada no alto de um maciço de pedra de maneira
tão harmoniosa que parece ter nascido ali naturalmente. Lendas não faltam. Uma
delas diz que Le Baux foi fundada por Baltazar, um dos três reis magos, ao ser
conduzido por um estrela-guia (que continua sendo o símbolo da aldeia), e que o
vale era habitado por fadas, bruxas e gnomos.
Na Idade Média, o feudo viveu uma tumultuada história de disputas entre os Lordes de Baux, que se diziam descendentes de Baltazar. Os tempos de glória acabaram em 1632 quando Luis XIII ordenou a destruição da aldeia, que se tornara protestante, e ela foi logo abandonada. Hoje, não há moradores em Le-Baux, apenas lojinhas, cafés e restaurantes que funcionam até o entardecer. Uma visita ao vilarejo é uma verdadeira volta no tempo. Pelas ruelas estreitinhas, por onde passam apenas pedestres, é possível ver a Église-St-Vincent, a Chapelle des Pénitentes Blancs, casas de pedra, alguns museus e bem no alto um castelo fortificado que controlava o movimento no vale. No terraço do Château des Baux, além da vista espetacular do Vale do Inferno repleto de oliveiras e parreiras, há muitas catapultas e outras engenhocas usadas nas batalhas medievais. Dizem que há espetáculos com demonstração de como eram usados esses artefatos de guerra. Não cheguei a assistir. Mas, deve ser interessante.
Na Idade Média, o feudo viveu uma tumultuada história de disputas entre os Lordes de Baux, que se diziam descendentes de Baltazar. Os tempos de glória acabaram em 1632 quando Luis XIII ordenou a destruição da aldeia, que se tornara protestante, e ela foi logo abandonada. Hoje, não há moradores em Le-Baux, apenas lojinhas, cafés e restaurantes que funcionam até o entardecer. Uma visita ao vilarejo é uma verdadeira volta no tempo. Pelas ruelas estreitinhas, por onde passam apenas pedestres, é possível ver a Église-St-Vincent, a Chapelle des Pénitentes Blancs, casas de pedra, alguns museus e bem no alto um castelo fortificado que controlava o movimento no vale. No terraço do Château des Baux, além da vista espetacular do Vale do Inferno repleto de oliveiras e parreiras, há muitas catapultas e outras engenhocas usadas nas batalhas medievais. Dizem que há espetáculos com demonstração de como eram usados esses artefatos de guerra. Não cheguei a assistir. Mas, deve ser interessante.
Não deixe de visitar o Château des Baux para ter uma vista linda do vale.
Muitos artefatos de guerra continuam contando a história dos tempos de glória de Le Baux.
Chapelle des Pénitentes Blancs, Le Baux.
Lojinhas simpáticas ocupam as antigas casas da aldeia.
Le Beaux fica a 15 km de Arles, 25 km de Avignon, 10 km de St
Rémy, 70 km de Aix en Provence, 86 km de Marseille.
CARRIÈRES DE LUMIÈRES
Depois de conhecer Les-Baux, assista a uma projeção multimídia
no Carrières de Lumières. Assista!!!! É diferente de tudo. Único. De uma magia
indescritível. O espetáculo mistura arte, som e luzes num cenário impressionante
no interior de uma caverna. É nas paredes, nas pilastras de sustentação da
caverna, no teto e no chão que a projeção acontece com obras de grandes artistas enquanto as pessoas circulam pelo grande salão. Aliás,
“carrière” quer dizer pedreira. E a caverna surgiu exatamente devido a retirada
de blocos de rocha dessa pedreira para serem usados na construção de Les Baux e
de outros vilarejos da região. O show dura menos de uma hora e as sessões são
contínuas. Você pode entrar e sair a qualquer momento. Difícil mesmo é querer sair. Dá vontade de ficar horas assistindo tudo outra vez. A cada ano, desde 2012,
é lançado um novo espetáculo. Em junho de 2017 assisti “O Fantástico e
Maravilhoso mundo de Bosch, Brueghel, Arcimboldo” que explora o universo da arte
no século XVI. Simplesmente fantástico!!!
Para facilitar compre logo um passe conjugado que dá direito
ao Château des Baux e a Carrières de Lumières, por 16 euros.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Château des Baux-de-Provence:
Janeiro, fevereiro, novembro, dezembro: 10h – 17h
Março, outubro: 9h30 – 18h30
Abril, maio, junho, setembro: 9h – 19h
Julho: 9h – 20h
Mais informações: www.chateau-baux-provence.com
Carrières de Lumières:
Janeiro, marco, novembro, dezembro: 10h – 18h*
Abril, maio, junho, setembro, outubro: 9h30 -19h*
Julho e agosto: 9h30 – 19h30*
*O último horário para entrar é uma hora antes do fechamento
do local.
Mais informações: www.carrieres-lumieres.com
Preste atenção pois eles fecham em fevereiro.
COMO CHEGAR
Apenas de carro ou ônibus de excursão. Trens não chegam em
Baux nem em St Rémy. As estações de trem mais próximas ficam em Aix-en-Provence
e Avignon, depois é preciso ter um carro. Estacionamento St. Remy é pago e concorrido. Já, em
Le Baux é fácil e gratuito. Fica em frente a bilheteria do Carrières de
Lumières, a cinco minutos a pé da escadaria que conduz ao vilarejo de Baux e a
cinco minutos andando do Hotel Baumanière.
RESTAURANTE L’OUSTAU
E por falar no hotel Baumanière, depois de conhecer Le Baux
e assistir ao Carrières de Lumières, aproveite para almoçar no famoso
restaurante L’Oustau do hotel Baumanière, um luxuoso Relais & Chateaux que ocupa cinco casas históricas. O restaurante é espetacular. Tem duas estrelas Michelin. Tanto a cozinha como o ambiente são impecáveis. Da entrada à
sobremesa. A mil folhas é imperdível!!!! Nas épocas mais quentes
do ano, as mesas do restaurante são colocadas numa varanda arborizada com vista
para a piscina do hotel tendo Les Baux ao fundo. Guarda essa dica com carinho! Esse
merece uma reserva.
Vale lembrar que no sul da França, os restaurantes têm
horários bem definidos e restritos para almoço e jantar. Portanto, faça sua reserva
com antecedência e cumpra o horário para não passar por baixo da mesa. Isso
também vale para o comércio. Nas cidades pequenas tudo fecha na hora do almoço.
Não deixe nada para comprar depois, ou você corre o risco de bater com a cara na
porta.
SAINT RÉMY DE PROVENCE
Esse
famoso vilarejo do sul da França serviu como fonte de inspiração para Vincent Van Gogh. O pintor passou um período curto, de aproximadamente um ano,
no hospital St Paul de Mausole, em 1889 quando pintou alguns de seus quadros
mais conhecidos, entre eles Campos de Trigo com Ciprestes e Desfiladeiro. Além
disso, St Remy também foi a cidade natal do profeta Nostradamus. A cidade é
muito antiga, pequenina, plana, murada, com ruelas e fontes charmosas. No
centrinho velho as lojinhas em estilo provençal são a atração. Nas quartas feiras tem uma feirinha bem concorrida. St Remy também é um lugar cheio de
restaurantes legais. Destaque para o L'Olivade de comida provençal e para o
restaurante estrelado do Hotel Tourrel. Vale
passear pela cidade por algumas horas, especialmente no dia da feira para fazer umas comprinhas. Não vale para servir como
base pois a cidade é pequena, tem poucas possibilidades e não fica num ponto de
acesso rápido as principais autoestradas. É servida apenas por estradinhas
internas. Também visite o Glanum, nos arredores da cidade. Essas ruínas de uma
cidadela romana foram abandonadas, saqueadas pelos Godos em 480 d.C. e foram
reencontradas por arqueólogos em 1921. Restam apenas as fundações das casas,
pedaços de paredes e um mausoléu com algumas pinturas da morte de Adônis.
Pelas ruas de Saint Rémy.
A praça é o ponto de encontro em Saint Rémy.
Glanum, nos arredores de Saint Rémy.
MIRAMAS E GLACIER LE QUILLÉ
Na volta para Aix en Provence, se ainda tiver tempo, dê uma paradinha na cidade de Miramás para tomar um sorvete na famosa sorveteria Glacier Le Quillé. Vale a pena conhecer o centrinho antigo da cidade.
Le Quillé.
Olá, adorei o post. Sabe dizer se é preciso reservar essas excursões com antecedência ou se é possível resolver na hora? Recomenda alguma empresa que faça esse itinerário?
ResponderExcluirNessa região tem tanta cidadela charmosa que o ideal é ter um carro para parar onde der vontade. Mas, se dirigir não for seu objetivo nas cidades maiores basta procurar uma agência de viagens e contratar um tour.
ExcluirOlá Claudia! Amei todas as informações! Queria saber sobre a compra do bilhetes combinados, você acha deixar para comprar na hora (em agosto) é arriscado não conseguir?
ResponderExcluir