AS PAISAGENS MAIS INCRÍVEIS DO SUL DA ISLÂNDIA
Viajar para a Islândia é a certeza de se encantar com o capricho da mãe natureza a cada passo. Os fotógrafos e os cinegrafistas fazem a festa com os cenários idílicos dessa ilha vulcânica diferente de tudo: icebergs, vulcões, geleiras, gêiseres, lagos, cachoeiras, placas tectônicas, praias de areia preta... Em alguns momentos você se sente pisando em outro planeta tal sua personalidade.
Visitei a Islândia no inverno, como contei para vocês. Nessa época o país fica coberto de neve e é mais prudente visitar a parte sul da ilha, pois o norte tem áreas montanhosas isoladas e perigosas. A porta de entrada é sempre a capital Reykjavik. Muita gente opta por se hospedar na cidade e fazer e fazer passeios tipo bate e volta para os principais pontos de interesse. Eu resolvi alugar um carro e trilhar por conta própria o trajeto Reykjavik - Jökursárlón. As cidades no caminho são bem pequenas, algumas com apenas duas ou três ruelas. Mas, todas têm hotéis simpáticos.
Abaixo conto para vocês sobre os lugares que não podem ficar de fora numa roadtrip de uma semana pelo sul da Islândia. Siga pela Ring Road ou Rota 1 de Reykjavik a Hofn ou Nupar. A estrada circunda a ilha toda e tem o formato de um anel. Nas épocas mais quentes do ano é possível fazer a rota inteira numa viagem de 10 a 12 dias.
BLUE LAGOON
Comece sua aventura pelas piscinas de águas termais da Blue Lagoon, em Grindavik. Elas ficam pertinho de Reykjavik - 52 quilômetros - e são muito interessantes tanto pelo visual como pelo conceito. A água da lagoa provém de uma usina geotérmica que produz energia limpa e renovável, a partir de fluidos de lava vulcânica que ficam dois mil metros abaixo do nível do solo. Depois que essa água muito quente é usada para mover as turbinas da usina, a energia é armazenada para abastecer o sistema de aquecimento de Reykjavik e, finalmente, quando a temperatura já está baixa, ao redor dos 40 graus, ela faz a alegria da galera nas piscinas da Blue Lagoon, que foram criadas artificialmente. A água tem propriedades medicinais pois contém sílica, que é rica em algas e minerais, e pode auxiliar no tratamento de algumas doenças de pele, como a psoríase. O complexo está preparado para receber um grande número de pessoas por dia, em qualquer época do ano, de modo tranquilo, apesar de estar sempre lotado. Tem spa, bar, restaurante, lounge, loja e um hotel chamado Silica. Como ele é bem disputado, vale dar uma olhada também no Northern Lights Inn que fica quase ao lado. Indico que você durma pelo menos uma noite num dos hotéis antes de seguir sua roadtrip.
GOLDEN CIRCLE
Outro ponto bastante visitado do país, por ser relativamente perto de Reykjavik, é o Círculo Dourado (Golden Circle). Como o próprio nome já diz, o Círculo Dourado é um roteiro circular de aproximadamente 300 quilômetros que engloba atrações imperdíveis: parque nacional, gêiseres, lagos, cachoeiras, placas tectônicas, vulcões, piscinas termais. Por outro lado faz parte da história da Islândia. O primeiro parlamento da humanidade foi fundado ali, no Parque Nacional de Thingvellir. Os islandeses se reuniam no parque - que desde 2004 é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO - para julgar os crimes e decidir sobre as leis. O parque é imenso, cheio de trilhas, cercado por montanhas vulcânicas e aberto à visitação. O primeiro-ministro tem uma casa de verão. Outro destaque do parque são as placas tectônicas que separam a América da Europa. Inusitado! Dá para caminhar sobre elas ou até mergulhar na Fissura Silfra para ver as placas tectônicas por outro ângulo. Mas, vá munido de coragem pois a água é bem gelada. Andando mais uns 50 quilômetros, a partir do parque, você vai passar pela queda d'água Gulfoss, proveniente da geleira Langjokull, que significa "Cachoeira de Ouro". Ela é uma das maiores da Europa em volume de água. Dez quilômetros dali fica o campo geotérmico do Vale Haukadalur, onde estão os famosos gêiseres. Os maiores são o Geysir, que está inativo, e o furioso Strokkur que a cada 5-10 minutos lança seus jatos de água fervente a uma altura de mais de 20 metros. Além desses dois há muitos outros no local. Se o clima permitir visite a cratera do vulcão Kerid. Na cidadela de Fludir também tem piscinas de água termal na Secret Lagoon. Vale dar uma parada para relaxar.
SELJALANDSFOSS
Entre as cidades de Hella e Vik, que distam 80 quilômetros uma da outra, tem vários pontos interessantes para se conhecer. A primeira parada é a cachoeira Seljalandsfoss, com uma queda d'água de mais de 50 metros de altura, quase na beira da estrada. No verão dá para andar por trás dela. Muito imponente.
GELEIRA SÓLHEIMAJÖKULL
Alguns quilômetros adiante faça um trekking acompanhado de um guia pela geleira Sólheimajökull (há várias empresas entre elas a Icelandic Mountain Guides). A paisagem é de tirar o fôlego entre fendas, blocos de gelo, fissuras, grutas e esculturas naturais. Você vai precisar colocar grampos nos pés, usar capacete e empunhar uma machadinha para realizar essa aventura. O passeio dura pouco mais de duas horas andando por uma língua de gelo proveniente da quarta maior geleira da Islândia, que se estende da Myrdalsjökull, próxima ao violento vulcão Katla que entrou em erupção pela última vez em 1918. Sólheimajökull tem aproximadamente quinze quilômetros de comprimento por dois de largura. Infelizmente, seu tamanho vem reduzindo bastante com o aquecimento global, cerca de um campo de futebol por ano, como ouvi falar por lá. Vá logo antes que seja tarde.
AVIÃO DAKOTA WRECK
Seguindo pela estrada você verá um aglomerado de carros estacionados num local sem placa de sinalização, na entrada de uma praia de areia vulcânica. Ali inicia uma longa caminhada de uns 45 minutos para quem tiver curiosidade de ver os restos do avião americano Dakota Wreck que caiu em solo islandês durante a Segunda Guerra.
SKÓGAFOSS
Andando mais um pouquinho você avistará da estrada a belíssima cachoeira Skógafoss com sua queda de 60 metros de altura e 25 de largura. Sua água vem do rio Skógaa que por sua vez corre das geleiras de Myrdalsjökull e Eyjafjallajökull. A queda d'água é tão imponente que já serviu como pano de fundo para cenas de "O Senhor dos Anéis" e "Game of Thrones". Se a neve deixar, suba a escadinha lateral para ter uma visão superior divina. Esse foi o único lugar onde conseguimos subir o drone, pois o vento não deixava e nesse caso, a montanha fez uma barreira.
PRAIA REYNISFJARA
Antes de chegar ao simpático e pequenino vilarejo de pescadores de Vik você verá uma placa indicando a entrada para a praia Reynisfjara que é vulcânica e de areia preta repleta de penhascos de basalto, os Reynisfjara. Ela ficou famosa ao ser eleita, em 1991, a praia não-tropical mais bonita do mundo. É cinematográfica.
LAGOA JÖKULSÁRLÓN E DIAMOND BEACH
De Reykjavik a Jökulsárlón são 370 quilômetros. É longe. Por isso, o ideal é dormir no caminho. Vik fica a 170 quilômetros da Glacier Lagoon Jökulsárlón. Mais próxima é a cidadela de Kirkjubaejarklaustur, a 120 quilômetros. Essa lagoa é dos lugares mais cobiçados da Islândia, basta dizer que fez parte das filmagens de Batman Begins, Tomb Raider, Die Another Day, entre outros. É formada com a água do derretimento da maior geleira da Islândia, a Vatnajökull, e é repleta de icebergs de diversos tamanhos, em muitos tons de azul. Essas pedras se desprendem da geleira de Vatnajökull e se movimentam em direção ao mar formando um cenário surreal. No verão é possível fazer um passeio de barco anfíbio na lagoa, entre os icebergs. Como a lagoa é ligada ao mar por um pequeno canal, alguns icebergs voltam com as ondas para a praia de areia vulcânica chamada de Crystal Beach ou Diamond Beach. O nome já diz tudo. Se o clima deixar, faça uma caminhada até a cachoeira Svartifoss que é formada por blocos de basalto que parecem esculpidos a mão. Quando estiver retornando à sede do Parque Nacional de Skaftafell siga pelo caminho que leva às casinhas com telhado de grama, chamadas de Tufhouses. A cara da Islândia!
ENFIM
Espero ter conseguido transmitir para vocês um pouquinho do que vivi e do quanto me surpreendi com a beleza estonteante que encontrei na Islândia. Esse é um destino fora do circuito básico, repleto de cenários surreais. Vai sem medo! Ou melhor, tome cuidado com as tempestades de neve e se der medo, vá com medo mesmo.
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Comece sua aventura pelas piscinas de águas termais da Blue Lagoon, em Grindavik. Elas ficam pertinho de Reykjavik - 52 quilômetros - e são muito interessantes tanto pelo visual como pelo conceito. A água da lagoa provém de uma usina geotérmica que produz energia limpa e renovável, a partir de fluidos de lava vulcânica que ficam dois mil metros abaixo do nível do solo. Depois que essa água muito quente é usada para mover as turbinas da usina, a energia é armazenada para abastecer o sistema de aquecimento de Reykjavik e, finalmente, quando a temperatura já está baixa, ao redor dos 40 graus, ela faz a alegria da galera nas piscinas da Blue Lagoon, que foram criadas artificialmente. A água tem propriedades medicinais pois contém sílica, que é rica em algas e minerais, e pode auxiliar no tratamento de algumas doenças de pele, como a psoríase. O complexo está preparado para receber um grande número de pessoas por dia, em qualquer época do ano, de modo tranquilo, apesar de estar sempre lotado. Tem spa, bar, restaurante, lounge, loja e um hotel chamado Silica. Como ele é bem disputado, vale dar uma olhada também no Northern Lights Inn que fica quase ao lado. Indico que você durma pelo menos uma noite num dos hotéis antes de seguir sua roadtrip.
Blue Lagoon |
Geiser Strokkur
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Entre as cidades de Hella e Vik, que distam 80 quilômetros uma da outra, tem vários pontos interessantes para se conhecer. A primeira parada é a cachoeira Seljalandsfoss, com uma queda d'água de mais de 50 metros de altura, quase na beira da estrada. No verão dá para andar por trás dela. Muito imponente.
Cachoeira Seljalandsfoss
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A incrível geleira Sólheimajökull
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Seguindo pela estrada você verá um aglomerado de carros estacionados num local sem placa de sinalização, na entrada de uma praia de areia vulcânica. Ali inicia uma longa caminhada de uns 45 minutos para quem tiver curiosidade de ver os restos do avião americano Dakota Wreck que caiu em solo islandês durante a Segunda Guerra.
SKÓGAFOSS
Andando mais um pouquinho você avistará da estrada a belíssima cachoeira Skógafoss com sua queda de 60 metros de altura e 25 de largura. Sua água vem do rio Skógaa que por sua vez corre das geleiras de Myrdalsjökull e Eyjafjallajökull. A queda d'água é tão imponente que já serviu como pano de fundo para cenas de "O Senhor dos Anéis" e "Game of Thrones". Se a neve deixar, suba a escadinha lateral para ter uma visão superior divina. Esse foi o único lugar onde conseguimos subir o drone, pois o vento não deixava e nesse caso, a montanha fez uma barreira.
Skógafoss |
Antes de chegar ao simpático e pequenino vilarejo de pescadores de Vik você verá uma placa indicando a entrada para a praia Reynisfjara que é vulcânica e de areia preta repleta de penhascos de basalto, os Reynisfjara. Ela ficou famosa ao ser eleita, em 1991, a praia não-tropical mais bonita do mundo. É cinematográfica.
Praia Reynisfjara
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De Reykjavik a Jökulsárlón são 370 quilômetros. É longe. Por isso, o ideal é dormir no caminho. Vik fica a 170 quilômetros da Glacier Lagoon Jökulsárlón. Mais próxima é a cidadela de Kirkjubaejarklaustur, a 120 quilômetros. Essa lagoa é dos lugares mais cobiçados da Islândia, basta dizer que fez parte das filmagens de Batman Begins, Tomb Raider, Die Another Day, entre outros. É formada com a água do derretimento da maior geleira da Islândia, a Vatnajökull, e é repleta de icebergs de diversos tamanhos, em muitos tons de azul. Essas pedras se desprendem da geleira de Vatnajökull e se movimentam em direção ao mar formando um cenário surreal. No verão é possível fazer um passeio de barco anfíbio na lagoa, entre os icebergs. Como a lagoa é ligada ao mar por um pequeno canal, alguns icebergs voltam com as ondas para a praia de areia vulcânica chamada de Crystal Beach ou Diamond Beach. O nome já diz tudo. Se o clima deixar, faça uma caminhada até a cachoeira Svartifoss que é formada por blocos de basalto que parecem esculpidos a mão. Quando estiver retornando à sede do Parque Nacional de Skaftafell siga pelo caminho que leva às casinhas com telhado de grama, chamadas de Tufhouses. A cara da Islândia!
Glacier Lagoon Jökulsárlón
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Espero ter conseguido transmitir para vocês um pouquinho do que vivi e do quanto me surpreendi com a beleza estonteante que encontrei na Islândia. Esse é um destino fora do circuito básico, repleto de cenários surreais. Vai sem medo! Ou melhor, tome cuidado com as tempestades de neve e se der medo, vá com medo mesmo.
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A Islândia realmente tem paisagens deslumbrantes e únicas, vale a pena a viagem.
ResponderExcluirVale muito a viagem. Fiquei super encantada com a beleza do país. Quero muito voltar.
Excluirque fotos!!!
ResponderExcluirparabens
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