INLE LAKE VAI TE SURPREENDER!
O Mianmar permaneceu por décadas em total isolamento, mergulhado numa violenta ditadura. Com isso, povoados de diversas etnias mantiveram suas tradições culturais praticamente intactas num momento em que o mundo passava por grandes transformações. Inle Lake, nas montanhas Shan, é um dos lugares mais instigantes do antigo Reino da Birmânia. É diferente de tudo que você possa imaginar!
Um cenário singular em Inle Lake.
Imagine que mais de oitenta mil pessoas moram sobre
palafitas dentro de um grande lago cercado de montanhas, em 64 vilarejos, num verdadeiro labirinto de canais e ilhotas. Absolutamente inusitado. Esteja preparado para encontrar cenários únicos.
O lago tem 100 quilômetros de comprimento por 5 de largura. A vida é simples, mas de uma riqueza cultural inspiradora.
Os moradores do lago tiram seu sustento das plantações flutuantes de legumes, das cooperativas de tecelagem que utilizam matérias-primas inusitadas como a flor de lótus, da produção de charutos, do artesanato e especialmente da pesca.
Aliás, o modo como eles pescam é um dos ícones mais singulares do Mianmar. Talvez você já tenha visto imagens dos pescadores da etnia Intha que se equilibram numa perna só, enquanto pescam com enormes cestas num verdadeiro ballet acrobático. Eles fazem movimentos discretos e precisos. Uma forma de pescar muito própria.
Intha significa “filho do lago”. E eles realmente são. Ali nasceram e ali vivem do que o lago tem a oferecer. A maioria segue os preceitos do budismo Theravada. São pessoas muito doces e receptivas. Recebi sorrisos por onde passei.
O lago tem 100 quilômetros de comprimento por 5 de largura. A vida é simples, mas de uma riqueza cultural inspiradora.
Pelos labirintos de Inle Lake, no imperdível Mianmar.
Os moradores do lago tiram seu sustento das plantações flutuantes de legumes, das cooperativas de tecelagem que utilizam matérias-primas inusitadas como a flor de lótus, da produção de charutos, do artesanato e especialmente da pesca.
Longyis, as vestes locais, feitas manualmente em tear em uma cooperativa.
Aliás, o modo como eles pescam é um dos ícones mais singulares do Mianmar. Talvez você já tenha visto imagens dos pescadores da etnia Intha que se equilibram numa perna só, enquanto pescam com enormes cestas num verdadeiro ballet acrobático. Eles fazem movimentos discretos e precisos. Uma forma de pescar muito própria.
Intha significa “filho do lago”. E eles realmente são. Ali nasceram e ali vivem do que o lago tem a oferecer. A maioria segue os preceitos do budismo Theravada. São pessoas muito doces e receptivas. Recebi sorrisos por onde passei.
Saiba que com o crescimento do turismo, muitos pescadores aproveitam a curiosidade dos visitantes para fazer uma espécie de demonstração da sua habilidade e ao final, esperam uma retribuição financeira. Mesmo assim, é sensacional.
O MELHOR DE INLE LAKE
Acorde cedo. Ao raiar do dia você já verá o movimento dos barcos indo e vindo. Mulheres trabalhando, crianças indo para a escola, agricultores a caminho de seus canteiros de tomate e pepino que flutuam no lago e os tais pescadores em ação. É tudo tão diferente!
A serenidade do artesão da etnia Intha, com muita tanaka no rosto.
O barco é a única maneira de circular pelo lago. Contrate os passeios no próprio hotel e defina o itinerário conforme seu interesse, pois o lago é imenso e cheio de possibilidades. Um tour personalizado é o ideal. Mas, também é possível optar por barcos um pouquinho maiores para fazer o programa em grupo e com custo reduzido.
Os passeios começam cedo, fazem paradas em vários lugares interessantíssimos, pausa para um almoço birmanês e terminam na hora do pôr do sol.
Conheça alguns dos vilarejos sobre palafitas. São verdadeiras cidades flutuantes com direito a templos imensos. Visite as cooperativas e lojinhas de artesanato entre os canais, mesmo que você não tenha interesse em fazer compras, observe as plantações de tomate e pepino, vá a uma fábrica de charutos (tem sabores são interessantes, como banana e açúcar mascavo) ou quem sabe conheça uma vinícola, como a Aythaya Vineyard ou a Red Mountain.
A vida é
simples, mas de uma riqueza e de uma originalidade que impressionam. Para almoçar no lago sugiro o restaurante Royal Palace de comida birmanesa num ponto
bacana com excelente visual do vai e vêm dos barcos no lago. Telefone +95 9 260630878
Eis o meio de transporte local.
Os passeios começam cedo, fazem paradas em vários lugares interessantíssimos, pausa para um almoço birmanês e terminam na hora do pôr do sol.
O pôr do sol no lago Inle é de uma magia ímpar.
Conheça alguns dos vilarejos sobre palafitas. São verdadeiras cidades flutuantes com direito a templos imensos. Visite as cooperativas e lojinhas de artesanato entre os canais, mesmo que você não tenha interesse em fazer compras, observe as plantações de tomate e pepino, vá a uma fábrica de charutos (tem sabores são interessantes, como banana e açúcar mascavo) ou quem sabe conheça uma vinícola, como a Aythaya Vineyard ou a Red Mountain.
Jardim flutuante de tomates em Inle Lake.
Vendedoras de longyi da etnia Pa-O.
Há muitos grupos étnicos minoritários em Inle Lake e nas montanhas ao redor.
Templo In Dein.
As tradicionais casas flutuantes de Inle Lake.
Tenha sempre dinheiro local. Muitos estabelecimentos não
aceitam cartão de crédito. Esteja prevenido. Troque no hotel ou retire nos
caixas ATM disponíveis nas cidades maiores.
As principais atrações do lago são:
- pescadores Intha
- vilarejos flutuantes
- mercados locais (um dos mais visitados é o da Vila Ywama)
- jardins flutuantes
- cooperativa de charutos
- tecelagem de longyis em seda, algodão e flor de lótus
- Vila In Dein com mercado de rua e vários templos
- Paung Daw Oo Pagoda, o local religioso mais sagrado do lago, onde acontece um importante festival todos os anos
- almoço numa palafita com comida típica local
Nos arredores do lago:
- Vinícola Aythaya ou Red Mountain
- povoado de Maing Thauk, na beira do lago, onde tem vários monastérios, perto do hotel Aureum Palace. Tive o privilégio de presenciar uma festividade de iniciação budista onde os pais comemoravam o ingresso dos filhos na vida religiosa.
Um mercadinho em Maing Thauk.
A vida dos pequenos monges em um monastério de Maing Thauk.
VISITE O COMPLEXO DE KAKKU
Programe um dia inteiro para visitar o sagrado complexo de estupas de Kakku, na região onde vivem as etnias Pa-O. São mais de 2.000 estupas dedicadas à Buda, uma ao lado da outra. Impressionante! O trajeto a partir do lago é de aproximadamente uma hora e trinta minutos passando por muitas plantações de arroz onde vivem grupos étnicos minoritários.
As pessoas adoram quando são abordadas e fotografadas nas estradas. Aproveite para almoçar por lá mesmo no restaurante Hlaing Konn Pa-O e peça o vinho local.
Programe um dia inteiro para visitar o sagrado complexo de estupas de Kakku, na região onde vivem as etnias Pa-O. São mais de 2.000 estupas dedicadas à Buda, uma ao lado da outra. Impressionante! O trajeto a partir do lago é de aproximadamente uma hora e trinta minutos passando por muitas plantações de arroz onde vivem grupos étnicos minoritários.
Colheita de arroz no caminho para Kakku.
As pessoas adoram quando são abordadas e fotografadas nas estradas. Aproveite para almoçar por lá mesmo no restaurante Hlaing Konn Pa-O e peça o vinho local.
MELHORES LUGARES PARA FICAR HOSPEDADO
Fique hospedado na beira do lago para ter uma experiência genuína. Sugiro que dê uma olhada no tradicional Aureum Palace Inle Lake e no elegante Sofitel.
O Aureum Palace Inle Lake fica às margens do lago, pertinho do vilarejo de Maing Thauk. Tem acomodações rústicas, imensas, decoradas de acordo com o contexto local. O restaurante do hotel é muito bom e o spa é delicioso. Serviço muito gentil.
O hotel gentilmente me emprestou roupas de vários grupos étnicos de Inle Lake.
QUANTO TEMPO FICAR EM INLE LAKE
Três dias é o mínimo para você aproveitar tudo que o lago tem a oferecer. Os próprios hotéis organizam pacotes com os passeios aos locais que sejam do seu interesse. A maioria deles é feito em pequenas embarcações de madeira, o meio de transporte local. Sensacional.
Em Inle Lake os vilarejos flutuantes são o destaque e não os vilarejos em terra.
A vida que flutua em Inle Lake.
QUANDO IR
A melhor época para visitar Inle Lake é de outubro a março, fora do período das monções.
COMO CHEGAR
Para chegar a Inle Lake são 30 minutos de voo (300 quilômetros de distância) de Bagan ao aeroporto de Heho, o mais próximo do lago. O trajeto de Heho até a zona hoteleira do lago demora mais do que o voo. Uma hora de carro. Contrate transfer do próprio hotel para chegar com tranquilidade. É barato e você se sentirá mais seguro já que a estrada é lenta, muito movimentada, passa por templos budistas, vilarejos cheios de crianças, tem animais na pista, motos abarrotadas de gente, tuk-tuks e paus de arara. (Saiba que a distância de Yangon a Inle Lake é de aproximadamente 600 quilômetros, caso opte por ir direto de Yangon.)
Para chegar a Inle Lake são 30 minutos de voo (300 quilômetros de distância) de Bagan ao aeroporto de Heho, o mais próximo do lago. O trajeto de Heho até a zona hoteleira do lago demora mais do que o voo. Uma hora de carro. Contrate transfer do próprio hotel para chegar com tranquilidade. É barato e você se sentirá mais seguro já que a estrada é lenta, muito movimentada, passa por templos budistas, vilarejos cheios de crianças, tem animais na pista, motos abarrotadas de gente, tuk-tuks e paus de arara. (Saiba que a distância de Yangon a Inle Lake é de aproximadamente 600 quilômetros, caso opte por ir direto de Yangon.)
Aliás, a estrada já faz parte do programa. É o retrato da
vida local. A vida é simples, as vestes e os turbantes têm cores vibrantes e os
sorrisos são encobertos pela timidez de quem viveu tantos anos isolado do
mundo, por causa de guerras e mesmo de conflitos internos.
Ao chegar em Inle Zone é preciso pagar uma taxa de 15.000 Ks
ou 10 dólares por pessoa.
LEIA TAMBÉM
Pague a taxa de entrada e se divirta com as cores vivas de Inle Lake.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
Brasileiros precisam de visto para entrar no Mianmar. O e-visa
pode ser emitido facilmente pela internet no endereço https://evisa.moip.gov.mm/.
Basta preencher os dados, ter passaporte com validade de 6 meses, ter bilhetes
aéreos já emitidos e fazer o pagamento de uma taxa de 50 dólares. Em 3 dias, no
máximo, ele será emitido. É fácil. O visto é válido por 90 dias a partir da
data de expedição e dá direito a uma única entrada no país para a permanência
de até 28 dias.
O país também exige certificado internacional de vacinação contra febre amarela.
O país também exige certificado internacional de vacinação contra febre amarela.
IDIOMA OFICIAL
Birmanês. Mas, o inglês é
falado por muita gente.
MOEDA
Kyat (1 dólar = 1.540 MMK)
RELIGIÃO
Budismo Theravada é a principal, mas também tem hindus, muçulmanos e cristãos.
Monge birmanês.
Basta dizer que o Mianmar ficou entre meus Top 10 destinos do mundo.
Que espetáculo, Claudia!Adorei ter conhecido Inle Lake pelas tuas fotos e teu sempre belo texto!Abraços.
ResponderExcluirOi Maria Teresa, adoro ler seus comentários. Sempre tão gentil.
ExcluirO Mianmar me encantou. Espero ter conseguido traduzir no texto e nas fotos meu encantamento.
Beijos
Encantada com seu blog. Minha mãe e eu conhecemos alguns lugares fantásticos: Egito, Dubai, Matchu Pitchu, Laos, Camboja, Vietnã, Patagonia, Eslovênia, Croácia, África do Sul, Etiópia. Estamos em busca de um lugar mais exótico e me surpreendi com seus relatos bem detalhados, relembrei de algumas sensações e fiquei curiosa com outras. Tem algum país que você achou mais exótico/surpreendente? Para nós, a Etiopia (Vale do Omo) foi a que mais deixou saudade.
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