CHAPADA DOS VEADEIROS, UMA EXPLOSÃO DE BOAS ENERGIAS
Um destino místico por natureza. Basta colocar os pés em alguma das tantas trilhas pontilhadas por cachoeiras da Chapada dos Veadeiros para sentir a força energética que brota do centro-oeste do Brasil, em Goiás. Não é à toa que a região atrai gente do mundo todo em busca de equilíbrio, harmonia, cura e paz. Você sabia que existe uma boa explicação para essa atmosfera carregada de boas energias?
É que o solo das cidades de Alto Paraíso, São Jorge e Cavalcante (além de outros povoados menores) repousa sobre a maior laje de cristais de quartzo do mundo, que segundo os cientistas se formou a aproximadamente 1,8 bilhão de anos, sendo a região reconhecida pela NASA como a mais iluminada da Terra quando vista do espaço. Além disso, o Paralelo 14, uma linha emblemática localizada ao sul do plano equatorial terrestre que corta regiões místicas como Machu Picchu, também passa pela Chapada dos Veadeiros. Por isso, a energia que pulsa nas artérias do coração do Brasil é praticamente palpável.
Até entre os mais céticos é unanimidade afirmar que além de uma imersão na exuberância da natureza do Cerrado, a vibração que ecoa pelo ar é perceptível.
LENDAS, PROFECIAS E MISTICISMO
A partir desses fatos fica fácil entender as tantas histórias de extraterrestres e lendas que rondam a região atraindo grupos esotéricos, religiosos e filosóficos. Inclusive a profecia do apocalipse anunciada pelos povos maias para a década passada, que felizmente não se concretizou, dizia que apenas a Chapada dos Veadeiros ficaria protegida da catástrofe pela gigantesca placa de cristais que agiria como escudo. Mas, cá estamos nós testemunhando a vida no planeta Terra e tendo o privilégio de contar com esse refúgio místico declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, em 2001, a apenas 225 quilômetros de Brasília e 450 de Goiânia.
Esse tal “paraíso energético” ocupa uma área correspondente a 10% do Cerrado, o mais antigo e segundo maior bioma brasileiro (menor apenas do que a Amazônia). O Cerrado é considerado como uma “floresta de cabeça para baixo” uma vez que 70% de sua biomassa fica debaixo da terra com um grande emaranhado vegetal envolto por alta concentração de ferro e alumínio. Isso explica a acidez do solo e o mosaico da vegetação formado por espécies tão heterogêneas, muitas delas com propriedades medicinais. Uma pena o desmatamento desenfreado que se observa pela estrada, onde as mais de 6 mil espécies nativas do Cerrado, responsáveis por oxigenar a terra, dão lugar à cultura de soja que infelizmente compacta o solo dessa região de características tão especiais, pondo em risco a flora e consequentemente a fauna local.
NASCE UM TESOURO
Para proteger esse patrimônio de beleza rara, com formações vegetais únicas, rochas milenares, centenas de cursos d’água e nascentes foi criado o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros em 1961, a um quilômetro do vilarejo de São Jorge. O parque de 66.000 quilômetros quadrados também tem como objetivo a educação ambiental, as pesquisas científicas e a preservação das antigas rotas de garimpo que fazem parte da história local e hoje são trilhadas pelos visitantes.
A quantidade de cachoeiras da região é surpreendente. São centenas catalogadas. É que o Cerrado é considerado como a grande caixa d’água do Brasil, já que no Planalto Central nascem as principais bacias hidrográficas do país, entre elas Tocantins e Araguaia. Por isso, um turismo responsável e voltado para a natureza é fator determinante na preservação dos nossos biomas.
CHAPADA NA PRÁTICA
Brasília é o ponto de partida mais fácil para a Chapada dos Veadeiros. Saiba que ter carro é obrigatório. Da capital federal até Alto Paraíso são três horas por uma estrada muito boa.
#CLAUDICA: no caminho, pouco antes de chegar em Alto Paraíso, pare na Lanchonete Portugal para comer a famosa “coxinha sem massa” de jaca ou de frango. São deliciosas, sempre quentinhas e a gentileza da equipe faz você se sentir acolhido.
Alto Paraíso, São Jorge e Cavalcante são as principais bases para se visitar a região; além de São João da Aliança, Colinas do Sul e Teresina de Goiás.
Alto Paraíso é a maior cidade da Chapada dos Veadeiros. Mesmo assim é pequenina e sua população gira em torno de 20 mil habitantes. Ao longo da rua principal, Ary Valadão Filho, se espalham lojinhas que exaltam seu astral místico, além de restaurantes, cafés e bancos (aproveite para tirar algum dinheiro que será necessário na entrada das cachoeiras, pois mesmo que aceitem PIX, muitas vezes o sinal é fraco e você pode sair frustrado). Tem também um Centro de Atendimento ao Turista que orienta os visitantes e inclusive indica guias credenciados. Bons restaurantes em Alto Paraíso são o Lobo Guará Bistrô Autoral, que abriu recentemente com decoração e cozinha caprichadas, o Jambalaia onde uma italiana se encarrega de elaborar pratos saborosos, Pariká Bistrô para uma experiência super exclusiva e o Santo Cerrado Risoteria, famoso pela seleção de risotos.
Já, a Vila de São Jorge fica a 35 quilômetros de Alto Paraíso, quase na entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Foi criada na década de 50 pelos garimpeiros que ali chegaram em busca de cristais de quartzo. Hoje, São Jorge tem população de menos de mil habitantes, um jeitinho rústico, simpático, com pousadas simples e charmosas ao longo das ruas de terra batida. É o local preferido pelos mochileiros e pela galera mais alternativa. Um restaurante muito bem indicado nos arredores do vilarejo é o Na Mata, da chef brasiliense Mara Alcamim, com apenas 7 mesas e cozinha caprichada. Parada obrigatória.
Noventa quilômetros ao norte de Alto Paraíso fica a tranquila cidade de Cavalcante com estrutura mais singela e menos apelo turístico apesar da imensa força histórica. Sua origem remonta a 1736 quando o garimpo do ouro levou Julião Cavalcante a explorar esses rincões, daí o nome. O município abriga a comunidade quilombola Kalunga e detém 40% da área total do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (mesmo que não tenha acesso direto ao parque), além de cachoeiras belíssimas como a de Santa Bárbara, Capivara e Rio da Prata.
CELULAR EM MODO AVIÃO
O ecoturismo é a marca registrada da Chapada dos Veadeiros, um paraíso cercado de cânions, paredões rochosos e cachoeiras para lavar a alma. Nada mais justo do que aproveitar esse mergulho na natureza para se desconectar e entrar em “modo avião”, uma vez que seu telefone ficará sem sinal na maior parte do tempo. Entre no clima pois há muito para se ver e viver.
Esteja preparado para cenários deslumbrantes e também para as distâncias. São mais de 50 complexos de trilhas e cachoeiras abertos ao público, a maioria em propriedades privadas, fora do Parque Nacional da Chapada. Você entrará mediante o pagamento de um ingresso e muitos desses locais solicitam o acompanhamento de guia credenciado. Deixo aqui o contato do Rafael Bastos Marinho (Instagram @rafaelguiadachapada) muito bem preparado e um estudioso de geologia, biologia, botânica e história. Suas perguntas serão respondidas com assertividade e seu caminho terá mais segurança com um guia.
Quer as dicas dos 10 locais mais interessantes da Chapada dos Veadeiros?
TOP 10 (por Rafael)
1. Cataratas de Couros (entre Alto Paraíso e São Jorge)
2. Complexo do Macacão e Macaquinhos (entre São João da Aliança e Alto Paraíso)
3. Mirante da Janela, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
4. Cachoeira Simão Correia (próxima de Alto Paraíso)
5. Complexo da Caldeira (atração aberta recentemente ao público)
6. Cachoeira do Segredo (nos arredores de São Jorge)
7. Complexo Canjica, Rio da Prata e Santa Bárbara (na região de Cavalcante)
8. Sertão Zen (perto de Alto Paraíso)
9. Almécegas I e II (próximas de São Jorge, entrada pela Fazenda São Bento)
10. Vale da Lua (o mais visitado e por isso mesmo ficou por último pois vem sofrendo desgaste com o turismo de massa)
Já deu para perceber que há muito a ser explorado na Chapada dos Veadeiros. Impossível conhecer tudo em uma única viagem. É preciso escolher uma base para se hospedar e organizar os passeios num raio que traga tranquilidade. Afinal esse paraíso pede calma para contemplação. Pressa e agenda lotada não combinam com a energia da Chapada.
QUANDO IR
A temperatura é agradável o ano todo na Chapada dos Veadeiros, no entanto é fundamental escolher a época certa. O período seco vai de abril a outubro. De novembro a março as chuvas podem atrapalhar a viagem e pode haver risco de “cabeças d’água” causando o aumento rápido do nível dos rios e trazendo perigo nas cachoeiras. Tenha sempre um guia tarimbado para acompanhar as trilhas se optar por viajar no período chuvoso.
POUSADA INÁCIA
Depois de definir a época da sua viagem é hora de selecionar com atenção onde ficar hospedado para ter uma experiência perfeita.
Minha escolha apontou para uma hospedagem que fosse próxima de alguma cachoeira (com acesso a pé), que tivesse muito conforto e que fosse longe das luzes da cidade para valorizar o segundo céu mais bonito do mundo (atrás apenas do Atacama).
Acertei no alvo ao escolher a Pousada Inácia.
Para começo de conversa a elegância impera entre obras de arte e mobiliário de antiquário mesclados com o astral rústico da região. Outro ponto espetacular é que as cachoeiras Almécegas I e II - consideradas das mais bonitas da Chapada dos Veadeiros - estão ao alcance de uma caminhada por trilha fácil, de menos de um quilômetro da Pousada Inácia. Como pano de fundo, o icônico Morro da Baleia garante um pôr do sol digno de nota exatamente na linha do horizonte. E para sedimentar meu acerto presenciei uma chuva de meteoros na noite em que cheguei, enquanto degustava um belo vinho tinto debaixo do firmamento, aquecida pela lareira externa do meu chalé. Os astros conspiraram a favor e a experiência foi simplesmente inesquecível!
São apenas 10 suítes acomodadas em 5 chalés de extremo bom gosto, com todo o conforto necessário para um descanso reparador depois das tantas trilhas lindas que desafiam o preparo físico de qualquer um. Camas super king size, lençóis de algodão egípcio, ótimos travesseiros, roupões, amenities L’Occitane, chuveiro de alta pressão e minibar muito bem abastecido dão as pistas do que está por vir.
Somado a isso a hospitalidade encanta desde o check in descomplicado feito num salão maravilhoso até os mimos diários como café da manhã servido ao ar livre no próprio chalé no horário solicitado e os tantos sorrisos ao longo do dia.
A Pousada Inácia abriu as portas há cinco anos com a proposta de trazer sofisticação à Chapada dos Veadeiros. Conta com uma bela galeria de arte “Gabriela” e com a lojinha “Artesania” charmosíssima onde você terá tudo que precisar. O restaurante L’Alcofa tem cozinha contemporânea maravilhosa, uma super adega e ambiente mágico. Aliás, o restaurante é a “menina dos olhos” dos proprietários Luís Carlos e Gabriela Alcoforado. Vale lembrar que não hóspedes também são bem-vindos e que o jantar é imperdível.
O perfil familiar da pousada se revela com o parquinho que encanta as crianças. Para agradar os adultos tem ofurô, piscina aquecida, academia, bicicletário, quadras de tênis, lounge de meditação, leitura e massagem, sendo boa parte da área de lazer suspensa sobre palafitas.
Já o Poço da Gabi e o Poço do Doutor são duas piscinas naturais lindas formadas entre as corredeiras que passam pela propriedade, cercadas por rochas e pela mata nativa, podendo ser acessadas por uma caminhada de menos de 10 minutos.
O sucesso foi tão grande que até o final do ano novos chalés de categoria superluxo com piscina individual serão inaugurados. Recomendo para todos que queiram relaxar o corpo, alegrar a alma e celebrar a natureza. A localização é um grande diferencial para garantir a paz de espírito, ela está a 5 quilômetros de Alto Paraíso pela estrada principal asfaltada, seguidos por 15 quilômetros por estrada de terra. A pousada Inácia tem o selo Circuito Elegante.
MEU ROTEIRO DE 4 DIAS
Depois de decidir sobre a hospedagem é hora de organizar o roteiro com base no seu interesse, sem deixar de considerar o preparo físico. Afinal, tudo é longe e algumas trilhas são para os fortes.
Passei apenas 4 dias na Chapada dos Veadeiros e foi pouco. Recomendo uma semana. Priorizei as cachoeiras mais próximas da minha pousada e com trilhas que não passassem de 10 quilômetros (contando ida e volta).
Meu roteiro foi o seguinte:
Dia 1. Vale da Lua (sem guia)
Dia 2. Complexo de Couros (com guia), cidade de Alto Paraíso, pôr do sol no Jardim de Maytrea
Dia 3. Cachoeira do Segredo (com guia), Águas Termais de Morro Vermelho e povoado de São Jorge
Dia 4. Almécegas I com guia da própria Pousada Inácia, sem precisar carro!
VALE DA LUA
Eis uma das paisagens mais emblemáticas da Chapada dos Veadeiros e por isso mesmo, uma das mais visitadas. Difícil não ficar impactado com a sequência de pedras gigantescas entremeadas por formações tipo “panelas” que acompanham as corredeiras do rio São Miguel num cenário quase lunar.
A entrada é feita pela GO-239 seguida por mais 3 quilômetros em estrada de terra. É bem sinalizada. Fica a 10 km da Vila de São Jorge e a 35 km de Alto Paraíso. O ingresso custa 40 reais por pessoa. PIX é aceito, no entanto o sinal é péssimo. Leve dinheiro para facilitar a vida. A partir daí serão mais 900 metros de trilha fácil e não precisa de guia. Saiba que é um lugar lotado (o mais cheio em que estive na região) e que a água é muito gelada. Priorize o Vale da Lua na época seca, pois as pedras se tornam escorregadias e perigosas quando chove. Sinceramente, o Vale da Lua não foi meu xodó.
CATARATA DOS COUROS
Aí está o meu lugar favoritíssimo na Chapada dos Veadeiros! Que energia espetacular emana do complexo de cachoeiras e piscininhas da Catarata dos Couros. Localizada a 50 quilômetros de Alto Paraíso, sendo 20 km de asfalto seguido por 30 de estrada de terra, mais uma trilha de 4 km de caminhada (de ida e volta) porém de dificuldade moderada (trechos de subida e descida numa encosta rochosa íngreme e escorregadia). Mas quer saber? Vale todo esforço. E talvez essa dificuldade seja a grande responsável por deixar tal cantinho mágico longe das atrações mais populares.
Por ser área pública, não há taxa de cobrança para visitar o complexo, fizemos um agrado de R$20,00 reais ao guardador de carros por sugestão do guia. Aliás, a contratação de guia não é obrigatória, mas recomendo fortemente tanto para facilitar o acesso do carro pelas tantas bifurcações que aparecem pelo caminho, como para garantir sua segurança e agilizar a chegada até os principais pontos. Não deixe de fora um banho de energia na sequência de cachoeiras que tem na Almécegas 1000 sua representante mais imponente e na cachoeira da Muralha (a primeira da trilha, mais próxima do estacionamento), além das piscininhas naturais que se formam nas lajes rochosas que acompanham o rio dos Couros. Na companhia do seu guia vá até o mirante que tem visual incrível do vale. Saiba que nesse complexo há poços com bastante profundidade, pedras muito escorregadias e pontos com redemoinho, por isso a necessidade de ter um guia experiente.
PÔR DO SOL NO JARDIM DE MAYTREA
Encerre o dia com um belo pôr do sol num dos cartões-postais do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o Jardim de Maytrea. O local encanta pela combinação dos buritis em um campo florido de “chuveirinhos” (da família das sempre-vivas) tendo ao fundo a moldura do Morro da Baleia e da Serra de Santana. Na verdade, esse jardim não é feito pelo homem, mas uma obra criada pela própria natureza do Cerrado, e que segundo as lendas místicas da região funciona como um portal para outra dimensão. O mais interessante é que as pessoas param o carro e se aglomeram à beira da rodovia GO-239, entre Alto Paraíso e São Jorge, no ponto exato em que uma placa identifica o jardim. Coisas da Chapada.
CACHOEIRA DO SEGREDO
O nome por si só já desperta curiosidade. Realmente vale a pena encarar os 3,5 quilômetros dessa trilha linda até a cachoeira de cerca de 100 metros de queda que despenca entre os paredões de pedra de um cânion muito verde. Vá sem pressa. A trilha é plana, fácil, sombreada, cheia de pontes suspensas e de cantinhos que pedem calma para contemplação. Ao longo do percurso há várias prainhas com piscinas cristalinas, habitadas por curiosos peixinhos que vem dar as boas-vindas e com deques de madeira que convidam ao descanso. A temperatura da água nesses locais ensolarados é bem mais gostosa do que no poço da cachoeira do Segredo que recebe poucos raios de sol ao longo do dia e tem água congelante.
O acesso é feito pela rodovia GO-239. São 50 quilômetros de estrada asfaltada a partir de Alto Paraíso, mais 8 quilômetros em estrada de terra. Não é obrigatório ter guia, mesmo assim recomendo pois enquanto caminhávamos Rafael falava sobre a história dos garimpeiros na região e curiosidades sobre geologia. O valor do ingresso é R$ 45,00 por pessoa.
ÁGUAS TERMAIS DE MORRO VERMELHO
Nem só de trilhas puxadas e águas geladas vive a Chapada dos Veadeiros. Para dar aquela relaxada de final de dia após encarar os 7 quilômetros de caminhada até a cachoeira do Segredo vale “ficar de molho” nas piscinas de águas termais de Morro Vermelho, a 15 quilômetros de São Jorge.
Na região há 3 propriedades que oferecem estrutura para os visitantes usufruírem das fontes de águas termais. O que talvez você não saiba é que há centenas delas ainda não exploradas. É que as águas da chuva que não escoam para os rios ou para os oceanos se acumulam em aquíferos e vão ganhando pressão ao entrar em contato com as rochas quentes das camadas profundas da terra, pelo processo de geotermia. Então, quando a água encontra alguma rachadura nas rochas, ela escapa para a superfície formando assim uma fonte de água termal com temperatura que varia de 30 a 42 graus. Além de ser relaxante, as águas termais têm efeito medicinal. O valor do ingresso é de R$ 40,00 por pessoa. Não é boa pedida para um pitstop relaxante no final do dia?
Ps: se der fome compre um biscoitinho chamado Gergeliko, feito em Alto Paraíso, que é uma delícia! Tem em todos os mercadinhos da Chapada e vale provar a iguaria local.
ALMÉCEGAS I
Um dos cenários mais belos da Chapada dos Veadeiros está a alguns passos da Pousada Inácia tendo também entrada pela Fazenda São Bento, estrada GO-239, a 8 quilômetros de Alto Paraíso rumo a São Jorge. Não é preciso contratar guia, mas fui acompanhada pelo guia da própria pousada.
A cachoeira Almécegas I tem uma queda d’água de 45 metros de altura que se abre num grande véu acompanhada por inúmeras cascatas menores. O mais interessante é que ela pode ser vista do alto de um mirante, onde é possível se aproximar e caminhar pelas piscinas naturais que se formam no topo da queda ou descer por uma trilha íngreme de 300 metros até o poço formado entre os paredões rochosos para um mergulho. Vale nadar até o início do cânion que se forma depois da cachoeira, mas a água é bem gelada e a possibilidade de ter câimbras é grande. Eu não costumo ter e tive.
Com disposição caminhe até a irmã menor Almécegas II, com queda de 8 metros de altura, que também tem acesso pela Aldeia Multiétnica. O combo Almécegas I e II forma um belo roteiro para um dia de passeio.
Se quiser aventuras mais radicais opte por um passeio de balão, rapel nos paredões das cachoeiras, pela tirolesa Voo do Gavião com 850 metros de extensão a uma altura de 100 metros (na Fazenda São Bento) ou pela exploração do maior complexo de grutas e cavernas da América do Sul, no Parque Estadual Terra Ronca, a 200 quilômetros de Cavalcante.
ENFIM...
Uma coisa eu garanto, seja qual for o seu estilo de viagem, a Chapada dos Veadeiros ficará impressa entre suas melhores experiências e a energia surreal fará você voltar para casa em paz e cercado por uma leveza indescritível.
Que paraíso! Parabéns pela matéria tão completa.
ResponderExcluirFiquei com vontade de conhecer!
Antônio R.